O Tribunal do Júri da comarca de Colniza (a 1.065 km de Cuiabá), condenou José Odair Ildefonso Ribeiro, conhecido como "Negão das duas mulheres", a 18 anos, 11 meses e 17 dias de reclusão, além de 10 dias-multa, por tentativa de homicídio qualificado de sua ex-companheira, D.P. da S.. Além disso, ele enfrenta acusações relacionadas a tortura, cárcere privado e posse ilegal de arma de fogo de uso permitido com numeração suprimida.
A pena imposta será cumprida em regime inicial fechado, e o condenado não terá o direito de recorrer em liberdade, permanecendo sob prisão cautelar. O Conselho de Sentença reconheceu a materialidade e autoria dos crimes, incluindo a tentativa de homicídio praticada para dificultar a defesa da vítima, caracterizando-o como um caso de feminicídio.
O crime ocorreu em maio de 2022, na residência na qual o condenado vivia com a vítima e a irmã desta, no distrito de Taquaruçu do Norte. "Negão das duas mulheres" tentou tirar a vida de D.P. da S. na frente de sua filha de nove meses, embora o crime não tenha se concretizado devido a circunstâncias alheias à vontade do agressor. A discussão começou quando o homem questionou se a vítima o havia traído. Para obter uma confissão, José Odair a torturou, agredindo-a com socos e chutes e arrancando-lhe dois dentes. Mesmo após a confissão da vítima, as agressões continuaram ao longo da noite.
Posteriormente, o acusado tentou disparar uma espingarda calibre 22 contra a vítima, visando matá-la, mas o cartucho molhado evitou que a arma funcionasse. H. de S. da S., irmã de D.P. da S. e também esposa de José Odair, tentou intervir, mas também foi agredida.
O Ministério Público de Mato Grosso destacou que "o acusado pediu para a vítima abrir as pernas e disse-lhe que cortaria suas partes íntimas para não mais ter relações sexuais e não sentir prazer com outro homem, bem como para lembrar-se dele quando fizesse sexo, e com o auxílio de uma faca, cortou suas partes íntimas". Além disso, as vítimas foram mantidas em cárcere privado, impedidas de buscar socorro, até serem resgatadas 24 horas após o início das agressões. Com informações MPE/MT.
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