O Movimento Pedágio Não (MPN), que ganhou força à partir das redes sociais programou para o próximo domingo (19.01), as 8h da manhã, uma manifestação em forma de panfletagem e adesivagem nos carros que estiverem tomando a estrada da Chapada dos Guimarães. O ato acontece no trevo que dá acesso ao Distrito da Guia e a MT 251.
A intenção do grupo que espera contar com ao menos 50 participantes é alertar a população, sobre os valores abusivos, bem como a contrariedade com a implantação de pedágio em uma estrada que afeta não somente os turistas e banhistas, como também os moradores destas cidades, sendo que muitos moram em uma e trabalham em outra.
Estes, por exemplo, teriam que desembolsar R$ 541.20 reais mensalmente, sem contar o valor do combustível. Para o turista, o preço seria mais salgado ainda, uma vez que existe cobrança de visitação nos principais pontos do parque nacional e aumento do valor do pedágio aos finais de semana.
Os líderes do movimento alegam que o Governo do Estado não deu a devida publicidade às audiências públicas que ocorreram em Cuiabá, Chapada e Campo Verde, nos últimos dias. Além disso, o Movimento, na última audiência realizada em Campo Verde, teve a oportunidade de se manifestar e apontar quais os motivos para a não implantação do pedágio.
O porta voz do Governo doestado o secretário adjunto da Secretaria de Infra estrutura do Estado – Sinfra – Márcio Guedes, disse que essas audiências não tem caráter deliberativo e seria apenas para 'avisar' que o pedágio vai ser implantado, sem levar em consideração a ampla maioria que se manifestou contrária.
Outro questionamento é sobre a contrapartida que será oferecida pelo governo na ordem de R$ 77 milhões para a empresa concessionada.
"É contraditório dizer que não há dinheiro em caixa e praticamente dar dinheiro para a empresa que irá gerenciar a cobrança, tendo o financiamento do Governo do Estado". - diz a jornalista Fernanda Leite, uma das líderes do movimento e criadora da fan Page 'Pedágio Não', cujos posts de indignação já ultrapassam mais 6 mil compartilhamentos e 500 mil visualizações.
Este será o primeiro de uma série de atos que o movimento realizará e, ao que tudo indica, levarão a briga contra o que eles chamam de 'imoralidade' até o fim. A organização promete ainda outros eventos, como panfletagem nas avenidas da cidade, comboio na estrada da Chapada, carreata, abaixo-assinado e outros meios de chamar atenção da população para a causa.
"Somente a união da população será capaz de emparedar o governo e fazê-lo voltar atrás nessa ideia estapafúrdia que se assemelha a um assalto ao povo pagador de impostos”, finaliza.
Da assessoria
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