O juiz Murilo Moura Mesquita, da 11ª Vara Criminal Militar, retomou na tarde dessa sexta-feira (02.03) a terceira audiência de instrução no processo contra militares acusados de participarem do esquema de interceptações telefônicas ilegais em Mato Grosso.
No processo, são réus os coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Alexandre Ferraz Lesco, Ronelson Jorge de Barros, o tenente-coronel Januário Antônio Batista e o cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior.
O primeiro a ser ouvido foi o coronel da Polícia Militar, José Nildo Oliveira. Em seu depoimento disse que os coronéis Zaqueu Barbosa e Januário Antônio Batista o convocaram para uma reunião, e que nela eles perguntaram se o mesmo sabia de algum militar com conhecimento em informática.
O coronel afirmou que na reunião Zaqueu disse que esse militar iria trabalhar em um projeto de “entregar uma Polícia melhor”, mas não forneceu detalhes sobre do que se tratava. José Nildo declarou que recomendou o cabo do Bope, Cleiton Dorileo.
A segunda testemunha a ser ouvida foi Valdinei Alencar Taques Júnior. Ele trabalhou, entre 2013 e 2015, na gerência de análise de inteligência do Núcleo de Inteligência da PM.
Em seu depoimento, ele disse que existência um projeto de aproximar a Inteligência e Corregedoria da PM devido a necessidade de inserir interceptações telefônicas em processos relacionados a policiais militares. Na época, ele conta que sugeriu um convênio com o GAECO pelo fato do órgão ser o único no Estado detentor da licença do sistema Guardião (sistema de escutas telefônicas).
Valdinei cita que as escutas telefônicas realizadas fora das dependências do Comando Geral da PM foi uma orientação do Ministério da Justiça. Segundo ele, a medida era forma de evitar que mais pessoas tivessem acesso ao material das escutas e assim garantir a segurança das investigações.
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