O governador Mauro Mendes (DEM) voltou a afirmar que não existe qualquer previsão para retomada das obras do Centro Oficial de Treinamento (COT) do Pari, em Várzea Grande, que estão paralisadas desde 2014. A declaração ocorreu na noite dessa terça-feira (28.01) durante inauguração do COT da UFMT.
Em tom enfático, Mendes disse que antes de pensar em retomada da obra, que deve custar algo em torno de R$ 20 milhões aos cofres públicos para ficar pronta, é necessário se pensar na destinação dela, ou seja, “algo grande” que vale a pena o Estado injetar o recurso “milionário”.
“Precisamos definir qual destinação terá o COT do Pari, antes de rediscutir a retomada de obra. Não pode ser qualquer coisa. Já lancei essa pergunta do que fazer com aquele Centro de Treinamento e até agora não me apareceu uma resposta. Estou esperando. Antes disso não vamos tratar sobre COT do Pari”, avisou o gestor em entrevista coletiva à imprensa.
Segundo ele, neste momento os R$ 20 milhões necessários para investir na retomada da obra podem ser “muito melhor gastos” com a retomada das obras do Hospital Central e do novo Hospital Universitário Júlio Müller.
O secretário de Infraestrutura do Estado, Marcelo Oliveira, também reforçou a necessidade de uma definição do que pode ser feito do COT do Pari, e disse que a classe dos empresários e demais membros da sociedade civil de Várzea Grande podem procurar o Governo do Estado para apresentar sugestões viáveis para a utilização do empreendimento.
“Não temos a intenção de deixar nada inacabado como outras gestões. Mas, não podemos prometer algo sem saber a destinação final do COT do Pari. Estamos abertos a sugestões”, disse o gestor.
COT do Pari
O COT do Pari é uma das obras inacabadas que eram para ficar prontas até junho de 2014 e estão paralisadas. Orçado em R$ 31,7 milhões, o COT do Pari conta com 70% de conclusão. Do valor orçado, mais de R$ 21 milhões já foram repassados ao Consórcio Barra do Pari, liderado pela empresa Engeglobal. No projeto da obra, estava previsto para que o espaço fosse usado como local de treino para as seleções participantes da Copa do Mundo de 2014. Posteriormente seria cedido ao Clube Esportivo Operário Várzea-grandense (CEOV).
O projeto inicial previa um centro de treinamento com 52 mil metros quadrados, com capacidade para 3 mil torcedores. Sua estrutura teria sala de imprensa, cabines de transmissão, vestiários, camarotes, 250 vagas de estacionamento, lounge, sala de musculação, sala de fisioterapia, alojamentos, lavanderia, cozinha, refeitório e restaurante.
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