Foto: Arquivo pessoal
Motorista de aplicativo, Ivan
O motorista de aplicativo, Ivan de Oliveira que desempenha a função para aumentar a renda familiar vive momentos de aflição e “teste de paciência”.
Mesmo acostumado a trazer alegria com seu humor quando dá vida ao personagem “Juca Machado” teme uma tragédia no trânsito, em razão das filas quilométricas formada nos postos de combustível para abastecimento do Gás Natural Veicular (GNV), em Cuiabá.
“Os pais de famílias ficam aí na rua correndo risco na beira das ruas, por exemplo, estou aqui na Palmiro Paes de Barros, os carros estão sobre a faixa de ciclismo. Enquanto os carros estão na faixa, os ciclistas estão disputando entre carros, caminhões e carretas. É uma tragédia anunciada. Aqui não tem como organizar, não tem espaço nos postos. Eu presenciei discussões entre motoristas e ciclistas”, disse o motorista que estava há três horas na fila do abastecimento.
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Ele que converteu seu veículo para o gás natural, relatou ao 
que investiu R$ 4,2 mil para adaptar seu veículo. Ele reclama da logística e falta de bombas para o abastecimento em Cuiabá e Várzea Grande.
“Eu coloquei o kit gás para poder dar um atendimento melhor para meus clientes e até mesmo poder tirar uma renda melhor, já que o preço do nosso combustível é muito alto. Então eu fiz o investimento do GNV, paguei R$ 4,2 mil. Na época, não tinha tanta procura do GNV. Hoje, com o aumento do combustível, todos os motoristas de aplicativo e contribuinte resolveram também adequar. Só que a dificuldade é devido à logística, os postos são apenas duas bombas”, relata Ivan.
O humorista que costuma fazer uma brincadeira ou outra, ficou o tempo todo sério, quando contava que somente dois ou três caminhões fazem esse abastecimento em quatro postos, três em Cuiabá e um em Várzea Grande.
“O que acontece com o funciona na pressão e na maioria das vezes que a gente vai abastecer a pressão está baixa. Com a pressão baixa o cilindro não enche completamente, ou seja, a gente vai andar menos e vir mais nos postos. Então, isso acaba congestionando cada vez mais. As convertedoras têm uma média de seis e até 10 carros por dia. Então vai aumentando cada vez mais e não aumentando os postos a fila só vai aumentando”, conta o motorista.
Questionado sobre o “jogo de empurra” para solução da logística entre a MT Gás (Governo do Estado) e a empresa Gnc-Brasil responsável pela distribuição do gás natural em Mato Grosso, o motorista vê abandono: “Nós estamos a Deus-dará, seja o que Deus quiser, se vira!”, essa é a mensagem do Governo. Não tem feito nada. Eu sei por alto um contrato de 10 anos que vai passar a valer a partir de janeiro do ano que vem. Não vejo investimento, não vejo fazer nada", reclama.
O motorista de aplicativo também foi surpreendido com uma nova elevação no metro cúbico do gás em Cuiabá, que passou dos R$ 2,89 para R$ 3,19 em alguns postos, alta de 10,38%, ou seja, a economia buscada e somada a falta de estrutura tornou-se um “pesadelo” que tira o tempo do humorista para levar alegria e buscar o pão de cada dia.
“Infelizmente ficamos mais nos postos abastecendo do que trabalhando. Precisamos no mínimo abrir mais postos, ou seja, também mais bombas. E se possível, atender 24 horas”, sugeriu.
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