por Irajá Lacerda*
A humanidade está vivendo tempos difíceis. O Covid-19 (Novo Coronavírus) mudou a rotina de vida da população mundial, que está tendo que aprender a lidar com a pandemia diariamente, já que os números mudam a cada instante. Diante dessa grave crise e da imposição de isolamento social, o trabalho remoto tem sido uma alternativa para a população produtiva.
No âmbito jurídico, as consultorias on-line têm sido frequentes. Muitos profissionais estão se adaptando a nova realidade, mas esse tipo de atendimento já vem sendo adotado por escritórios em todo o país. Entretanto, a demanda cresceu muito nas últimas semanas devido aos desdobramentos da atual crise.
A cada nova medida anunciada pelos governos surgem novas dúvidas jurídicas. Para se ter uma idéia da gravidade da situação, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) prevê que a incerteza econômica gerada pelo Covid-19 deve custar US$ 1 trilhão à economia global em 2020.
E com a suspensão dos serviços jurídicos em grande parte dos estados brasileiros, a preocupação dos clientes tem sido constante. Buscam informações principalmente para sanar dúvidas sobre consultas trabalhistas - que tratam desde férias até a adoção do regime de trabalho home office - cancelamento de viagens, descumprimento de contratos e de normas tributárias.
E isso tudo tem sido feito por meio de sites, e-mails e mensagens de whats app. Muitos clientes já procuram, inclusive, orientações em decorrência dos efeitos que a crise deve trazer para a economia, com reflexo direto nas receitas das empresas e, conseqüentemente, de seus colaboradores.
A globalização e o avanço tecnológico já nos impõem uma mudança nas relações de trabalho. Esse novo desafio social reforça a premissa de que os atendimentos via on-line nos escritórios de advocacia vieram para ficar, inclusive, muitos já disponibilizam esse tipo atividade por meio de uma plataforma na internet.
Hoje, o cidadão pode realizar todo o processo de forma on-line: contato, orçamento e pagamento do serviço. Muitos procedimentos estão sendo adaptados, mas as mudanças serão permanentes. Precisamos estar preparados para um novo tempo que se inicia.
*Irajá Lacerda é advogado e presidente da Comissão de Direito Agrário da OAB-Mato Grosso
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