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Artigos Terça-feira, 28 de Janeiro de 2025, 14:10 - A | A

Terça-feira, 28 de Janeiro de 2025, 14h:10 - A | A

Williamon da Silva Costa*

A resposta dos excluídos!

Por Williamon da Silva Costa*

Mauro Mendes (MM) começou seu primeiro mandato com o discurso de combater a desigualdade social, combater a péssima qualidade dos serviços públicos e colocar Mato Grosso de volta nos trilhos, pois segundo ele o estado estava quebrado. Pois bem, no início ele implantou medidas austeras para a recuperação dos cofres públicos, como o decreto de calamidade financeira, a manutenção do escalonamento dos salários dos servidores, a redução no número de secretarias e o corte de várias despesas.

Após essas medidas impopulares, MM equilibrou as contas do estado e, a partir daí a história começou a mudar ao longo de seus dois mandatos. Com os “cofres cheios”, MM começou a colocar as garras de fora e passou a priorizar apenas as suas áreas de interesse pessoal, como exemplo disso eu cito:

- A construção de várias rodovias em rotas do agronegócio, lembrando que o Agro foi financiador de suas campanhas eleitorais.

-Aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 12/2022, que limita a criação de novas Unidades de Conservação em Mato Grosso, lembrando que essa lei beneficia os donos de grandes áreas de terra.

- Aprovação da Lei nº 561/2022 que alterou a Lei nº 8.830/2008, conhecida como a Lei do Pantanal, flexibilizando o uso de terra dentro da planície do Pantanal para diversas atividades, inclusive permitindo a pecuária extensiva.

-Aprovação do projeto de Lei Nº 2256/2023, que suspendeu os incentivos fiscais de quem aderiu à chamada moratória da soja, que proíbe a compra do grão produzido em áreas desmatadas.

-Aprovação do projeto de Lei Complementar Nº 788/2024, que autoriza mineração em áreas de reserva legal, lembrando que seu filho Luís Antônio Taveira Mendes é sócio de empresas mineradoras no estado e responde processo por compra de mercúrio ilegal.

-Extinção da Companhia Mato-grossense de Mineração-METAMAT, sob o pretexto de enxugar gastos da máquina pública, mas MM e sua família tem interesses econômicos na área da mineração.

- Aprovação da Lei Nº 12.653/2024, também conhecida como a “Lei do Boi Bombeiro”, que permitiu o uso de gado e da roçada no combate a incêndios no Pantanal.

-Publicação de edital de concessão de seis lotes rodovias de Mato Grosso à iniciativa privada, com um investimento previsto de R$ 8 bilhões para os próximos 30 anos. Quem será que vai usufruir dessas benesses?

-A explosão de novos empreendimentos hidrelétricos no estado durante seus dois mandatos, coincidentemente ou não, sua esposa Virgínia Mendes, seu filho Luís Antônio Taveira Mendes e seus aliados políticos Fabio Garcia e seu pai Robério Garcia são grandes proprietários de empresas desse setor. Preciso falar mais alguma coisa?

Essas “benfeitorias” que citei acima são apenas uma pequena fatia do “bolo” que posso servir a sociedade, mas digo sem sombra de dúvidas, que esse “bolo” é muito maior. Essa pequena fatia do bolo é a amostra de que a Mato Grosso cresceu, mas o povo empobreceu, porque MM só trabalhou para os seus interesses pessoais e transformou o estado em um verdadeiro balcão de negócios para os mais ricos fazerem lobby e sua família, amigos e aliados enriquecerem.

Não bastasse esse favorecimento descarado aos mais ricos e si mesmo, MM usou a máquina pública e sua arrogância política para escantear os grupos com opiniões diferentes da sua e punir aqueles que ousaram questioná-lo publicamente. Cito como exemplos dessa sua arrogância política e do seu descaso com a população:

-Sua relação hostil e conturbada com a classe jornalista, com inúmeros processos judiciais abertos em torno do assunto.

-Suas falas públicas desrespeitosas sobre os indígenas em diversas ocasiões, MM chegou a declarar publicamente que os índios eram culpados por incêndios florestais propositais no período de estiagem e por inventarem um corredor espiritual para impedir a construção da Ferrogão.

-Seu desrespeito aos servidores públicos efetivos, que vêm ano a ano perdendo seus direitos adquiridos. MM nunca escondeu que não tem apreço pelo funcionalismo público e tem buscado alternativas para implantar o “Estado Mínimo” em Mato Grosso as custas dos direitos fundamentais dos servidores de carreira. O melhor exemplo são os diversos editais publicados para a contratação temporária de servidores em pastas sensíveis que precisam de bom quadro técnico e o desmantelamento de diversas Secretarias importantes.

-Sua relação excludente e hostil com os professores do estado e o desmantelamento da educação estadual. O melhor exemplo de tudo isso é o fechamento do ensino noturno voltado para Educação de Jovens e Adultos (EJA), o fechamento de diversas escolas estaduais de bairros periféricos de Mato Grosso e a pirraça de MM em não dialogar com o Sintep.

-A sua picuinha política com o ex-prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro puniu e prejudicou a população cuiabana, que ficou esquecida e abandonada por MM. Essa picuinha política teve papel crucial especialmente no colapso da saúde da capital.

-A aposentadoria compulsória do ex-comandante geral da PM Coronel Alexandre Mendes 4 dias após sua demissão (a pedido) do cargo. A saída do Coronel Mendes foi motivada pela divergência de opinião com MM, que chegou a afirmar publicamente que “cobranças em público e pressão em cima do governador, já foi demonstrado dezenas de vezes que não funcionam”. Olha como o todo poderoso MM não gosta ser cobrado ou questionado! Ele simplesmente demite e troca o peão do jogo.

-O aumento da impunidade ambiental promovido pelo Anistiaço do mutirão de conciliação da SEMA-MT, que livrou criminosos ambientais de pagar multas vultuosas ao estado de Mato Grosso. Outra situação que MM fechou os olhos é a atuação dos membros do CONSEMA-MT (Conselho de Meio Ambiente de Mato Grosso) que estão descaradamente anulando multas ambientais milionárias. Isso pode?

-Ser conivente com o mau comportamento de sua esposa Virgínia Mendes, que já participou de diversas polêmicas, confusões públicas e crime: 1) Em 2015, Virgínia cometeu crime ambiental em Rondônia e após condenação teve que pagar 30 mil reais para assinar um acordo de não persecução penal (ANPP) com o Ministério Público para se livrar do processo. 2)Várias tentativas de calote: Mesmo sendo milionária a toda poderosa Virgínia pediu justiça gratuita para não pagar as despesas médicas do tratamento de COVID-19 de sua mãe já falecida. 3)Outro fato que mostra a conivência de MM com o mau comportamento de sua esposa, é uma viagem internacional feita por ela, que mesmo sem ter um cargo oficial no governo, gastou 138 mil dos cofres do estado para levar 3 assessores pessoais, que também não tinham cargo no governo, à uma viagem internacional. 4)A polêmica mais recente da Rainha de Mato Grosso foi o sermão público aplicado por ela ao Bispo Gustavo Duarte, Secretário de Assistência social de Várzea Grande.

MM jamais corrigiu a esposa e se retratou publicamente após esses episódios controversos. Será que o amor deixa ele cego?

Enfim, eu poderia ficar horas escrevendo desmandos de MM no estado, mas ao invés disso, quero chegar direto ao ponto!

A resposta dos escanteados, excluídos e perseguidos por MM e sua turma deve vir nas urnas através do voto!!!

O voto é soberano!!!

A voz do povo é a voz de Deus!!!

Então, conclamo toda a população de Mato Grosso que se sentiu abandonada, escanteada, excluída, perseguida e prejudicada pelos desmandos de MM para a ação em 2026!

Vamos cortar as asas do TODO PODEROSO MM, vamos boicotar seu projeto ambicioso de ir para o Senado.

O povo precisa acordar!

O povo precisa enxergar a verdade!!!

MM só trabalhou para si e para os seus e deixou a população mato-grossense sofrendo por falta de médicos, falta de escolas, falta de incentivos para os municípios realizarem melhorias no saneamento básico, aumento de impostos, aumento da criminalidade por causa da crise na segurança pública por falta de investimentos adequados (a conta não fecha, pois 7 mil policiais militares não conseguem combater cerca de 40 mil faccionados nas ruas de Mato Grosso), caos e impunidade ambiental, aumento da desigualdade social, e blá, blá, blá, muitos blás!

Para concluir, quero contar uma fábula!

Ao pensar em MM e sua “Família Real” lembro-me da Parábola do Pastorzinho Mentiroso, do escritor grego Esopo (620 a.c. – 564 a.c.), que nos traz uma importante lição sobre falar a verdade:

“Entediado um jovem Pastor se divertia contando mentiras sobre falsos ataques de lobos. Todos se mobilizavam para ajudá-lo em sua aldeia e, quando percebiam a mentira voltavam decepcionados para as suas atividades. Certa vez, o lobo realmente atacou o rebanho desse Pastorzinho, que se pôs a gritar pedindo ajuda e não foi atendido. O lobo se fartou e ele perdeu seu rebanho. Decepcionado, o Pastorzinho ouviu dos mais velhos: - “Na boca do mentiroso, o certo é duvidoso”.

Essa fábula tão antiga tem tudo a ver com MM e sua turma.

Digo isso, pois o nosso estimado Governador já não consegue sustentar seu discurso político nem mesmo entre seus próprios aliados, que já estão se reorganizando politicamente, inclusive, alguns já até trocaram de barco depois do fracasso de seu grupo político nas eleições municipais de Cuiabá com o candidato Eduardo Botelho (União Brasil), de Várzea Grande com o candidato Kallil Baracat (MDB) e de Rondonópolis com Tiago Silva (MDB). Todos derrotados.

Mesmo estando com a máquina pública e tendo recebido vultuosos investimentos financeiros esses 3 candidatos não foram capazes de reverter a rejeição popular. Isso demonstra que 1/3 da população mato-grossense não aprova o modo de MM e seus apoiadores governarem.
Fica a Dica!

*Williamon da Silva Costa - Acadêmico de Direito - UNIC

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