O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, disse que foi pego de “surpresa” com a prisão e que os atos de 08 de janeiro “foi um tiro de canhão no meu peito”. As declarações constam no termo audiência de custódia realizado no último dia 14 – quando ele foi preso ao chegar ao país.
Torres inicia negando qualquer participação ou omissão de sua parte que teria contribuído para os atos violentos ocorridos contra os Três Poderes em Brasília. “Isso foi um tiro de canhão no meu peito, no segundo dia de férias, acontece esse crime horrendo em Brasília e esse atentado contra o país e eu fui responsabilizado por isso”, declarou o ex-ministro.
Ele afirma que é profissional responsável que atua há mais de 23 anos na Segurança Pública, sendo que o maior projeto de segurança pública do Distrito Federal foi projeto por ele: DF Mais Seguro, o qual “resultou no menor índice de homicídios da história”.
O ex-ministro disse ainda que as acusações contra ele “são coisas inimagináveis”, e que precisa de oportunidade para falar e defender-se sobre o caso.
“Do jeito que eu saí, o que eu deixei assinado, eu deixei tranquilo, porque nem se caísse uma bomba em Brasília teria ocorrido o que ocorreu. Eu saio todo dia de casa às 7 (sete) da manhã e chego meia-noite, desculpe o desabafo, mas sendo acusado de terrorismo, golpe de Estado?! Pelo amor de Deus, o que está acontecendo?! Eu não sei... Essa guerra que se criou no país, essa confusão entre os Poderes, essa guerra ideológica, eu não pertenço a isso, eu sou um cidadão equilibrado e essa conta eu não devo”, sic trecho da ata de audiência.
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