A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso decidiu, por unanimidade, manter a prisão de Carlos Alberto Gomes Bezerra, conhecido como Carlinhos Bezerra, acusado de assassinar sua ex-companheira Thays Machado e o namorado dela, Willian César Moreno, em janeiro de 2023. O julgamento ocorreu nesta quarta-feira (17.04).
A defesa do empresário tentava revogar sua prisão preventiva, alegando que as nove violações às condições de seu monitoramento eletrônico foram resultados de deslocamentos necessários para consultas médicas e exames. Argumentava ainda sobre a debilidade de saúde do acusado como justificativa para a manutenção de sua prisão domiciliar.
O desembargador Rui Ramos, relator do caso, ressaltou a gravidade dos crimes, enfatizando que eles revelam um "senso de egoísmo extremo e de não suportabilidade de qualquer nível de frustração", características que demonstram uma inclinação ao mal.
“O modo como este crime foi operado, a dinâmica, ou o modus operandi que foi por ele escolhido para o crime, em tese, demonstra um senso de egoísmo extremo e de não suportabilidade de qualquer nível de frustração que pudesse ter. Tanto é que ceifou a vida de sua ex-companheira e do namorado dela de um modo totalmente excepcional, a demonstrar o sentido do mal mesmo, o prazer pelo mal, pelo menos em tese a primeira vista, então é não preciso encontrar periculosidade apenas em antecedentes criminais, os fatos em si revelam, em fatos concretos, que se deve tomar uma cautela em relação a pessoas dessa forma”, disse Rui Ramos.
Ele afirmou, ainda, que a decisão de manter Bezerra detido está fundamentada em evidências concretas, sublinhando a necessidade da prisão para garantir a segurança pública e a eficácia do sistema de justiça. O voto foi acompanhado pelos demais desembargadores.
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