O senador Renan Calheiros (MDB-AL) protocolou nesta segunda-feira (09.01) junto ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, pedido de extradição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está nos Estados Unidos, e para que ele seja incluído como investigado no inquérito sobre atos terroristas ocorridos nesse domingo (08.01) no Distrito Federal.
No pedido, Calheiros afirma que Bolsonaro utilizou-se quatro anos, enquanto esteve na Presidência da República, de todo o aparato do Estado, meios de comunicação oficiais, eventos oficiais, para disseminar suas falas golpistas, preconceituosas e criminosas, cujo objetivo era, no fim, incitar sua turba a provocar uma ruptura institucional.
“Não há dúvidas de que os atos terroristas lamentáveis de ontem foram a colheita da conduta golpista plantada por Jair Messias Bolsonaro durante toda sua vida pública”, diz trecho extraído do pedido.
Conforme o senador, é inegável também a consciência do ex-presidente diante da ilicitude que praticava com tais falas, bem como a consciência de sua responsabilidade pelas consequências. “A pretexto de se ausentar da solenidade de passagem de faixa para o Presidente da República eleito, no dia 1º de janeiro de 2023, Jair Messias Bolsonaro fugiu para os Estados Unidades, utilizado o avião presidencial, e até hoje não retornou”, sic pedido.
Ao final, Renan Calheiros afirma que diante da inegável participação ativa e responsabilidade de Jair Bolsonaro nos ataques de ontem, requereu a sua inclusão como investigado no inquérito dos atos antidemocráticos; a sua intimação para explicação sobre sua participação nos atos [dizendo que Bolsonaro teria participado de reunião ocorrida em Orlando com o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres]; e que determinado o seu retorno imediato ao Brasil, no prazo de 72 horas.
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