A Justiça Eleitoral marcou, segundo fontes do , para o próximo dia 13 de março uma audiência no âmbito da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), que apura a divulgação de fake news e a suposta prática de caixa dois na campanha eleitoral de 2024 da prefeita Flávia Moretti, de seu vice, Tião da Zaeli (ambos do PL) e do comunicador Edvaldo Barbosa de Carvalho, conhecido como Repórter Edvaldo Carvalho. A Ação de Investigação Judicial Eleitoral foi ajuizada pelos Diretórios Municipais do MDB e União Brasil de Várzea Grande e tramita sob segredo de justiça.
A investigação busca esclarecer a possível utilização abusiva dos meios de comunicação, incluindo o uso da internet e das redes sociais para disseminação de informações falsas, além de conteúdos de natureza caluniosa, injuriosa e difamatória contra adversários políticos.
A audiência contará também com a presença dos dirigentes partidários Versides Sebastião de Moraes e Silva, do MDB, e Juarez Toledo Pizza, do União Brasil de Várzea Grande. O ponto central da apuração é verificar se houve a formação de uma suposta "milícia digital" destinada à disseminação sistemática de conteúdos inverídicos e descontextualizados, bem como ao impulsionamento de propaganda negativa contra o então candidato a prefeito, Kalil Baracat.
Outro aspecto analisado na AIJE se refere aos gastos com comunicação na campanha, para verificar se houve omissão na prestação de contas, o que poderia configurar a prática de "caixa dois".
O processo segue em tramitação sob sigilo e pode resultar em penalidades severas para os investigados, incluindo a cassação do diploma, a inelegibilidade e outras sanções previstas na legislação eleitoral.
MP Eleitoral vê gravidade na disseminação de fake news
O Ministério Público Eleitoral (MPE) emitiu parecer destacando a gravidade da disseminação de desinformação durante a campanha eleitoral, reforçando a necessidade de medidas para a devida instrução processual. O documento menciona decisões judiciais anteriores que já classificaram os conteúdos questionados como "fake news", evidenciando o potencial impacto dessas informações falsas sobre a integridade do pleito.
No parecer, o MPE ressalta que há indícios concretos de que as redes sociais tiveram um papel central na propagação de conteúdos inverídicos, os quais teriam sido utilizados para prejudicar a candidatura adversária. Diante desse cenário, o órgão avalia que a medida requerida na ação é legítima e necessária, tendo em vista a necessidade de apuração detalhada dos fatos e o possível impacto na lisura do processo eleitoral.
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