A juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim dos Santos, aceitou familiares de vítimas da chacina em Sinop (a 479,9 km de Cuiabá), como assistentes de acusação contra o atirador Edgar Ricardo de Oliveira e marcou para o dia 28 de abril de 2023, às 13h30, a audiência de instrução e julgamento dele.
A chacina aconteceu em 21 de fevereiro deste ano, e vitimou sete pessoas, são elas: Adriano Balbinote, Elizeu Santos da Silva, Getúlio Rodrigues Frazão Junior, Josué Ramos Tenório, Larissa de Almeida Frazão, Maciel Bruno de Andrade Costa e Orisberto Pereira Sousa. Larissa tinha apenas 12 anos. Leia mais: Atirador de chacina em Sinop mirou para matar adolescente, conclui delegado
Edgar Ricardo de Oliveira, um dos autores da chacina, foi indiciado por sete homicídios qualificados (motivo torpe, emprego de meio cruel, por meio que resultou perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima), furto qualificado e roubo majorado. Ele irá responder ainda por mais uma qualificadora, por matar vítima menor de quatorze anos. O seu comparsa, Ezequias Souza Ribeiro, 27 anos, foi morto em confronto com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
“De outra banda, no tocante ao acusado EDGAR RICARDO DE OLIVEIRA, tendo em vista que não houve arguição de preliminares na Resposta à Acusação apresentada, nem existe hipótese de absolvição sumária, designo audiência de instrução e julgamento para o dia 28/04/2023, às 13h30min, facultando a participação ao ato por meio de videoconferência”, cita decisão da magistrada.
Quanto aos pedidos de assistentes de acusação, a juíza aceitou os familiares das vítimas, Larissa, Getúlio, Elizeu e Josué. “Com efeito, não havendo nenhum óbice legal, admito o pedido dos familiares das vítimas Larissa, Getúlio, Elizeu e Josué como Assistentes de Acusação, na forma como, nos termos do artigo 269 do Código de Processo Penal.”
A magistrada ainda intimou o Ministério Público para se manifestar a respeito do pedido de Kelma Silva Andrade Costa, e Gislene de Aquino Sousa, ambas de Sinop, para serem habilitadas como assistente de acusação, na condição de esposa da vítima, Maciel Bruno de Andrade Costa e filha da vítima Orisberto Pereira Sousa.
“No mais, prossiga-se no cumprimento da expedição do necessário para a realização da audiência de instrução e julgamento outrora designada nos autos”, diz decisão.
Entenda - Consta dos autos que a mãe da adolescente, Larissa, é uma das que pediu para ser assistente de acusação. Raquel Gomes Almeida, mora em Governador Nunes Freire – MA. Larissa, era maranhense e acompanhava o pai, que também foi assassinado. Ela conseguiu correr quando os disparos começaram, mas foi atingida e não sobreviveu.
Outro que solicitou foi Mariza Dias, viúva de Josué Ramos Tenório. Ele era cliente do estabelecimento e parou para assistir à partida de sinuca. A vítima era de Fátima do Sul (MS), mas morava em Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá), onde tinha uma distribuidora de frutas, e sempre viajava para Sinop a trabalho. O empresário deixa a esposa e quatro filhos, dois dos quais adotivos.
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