O juiz Murilo Moura Mesquita, da 1ª Vara Criminal de Várzea Grande, negou revogar a prisão de José Edmilson Pires dos Santos apontado como sendo um dos líderes do grupo de extermínio investigado na Operação Mercenários. A decisão é da última segunda-feira (18.05).
Consta da decisão, que também foi negado a revogação da prisão de Claudiomar Garcia de Carvalho, outro envolvido no suposto grupo de extermínio.
Na ação, eles juntamente com o ex-cabo da Polícia Militar, Helbert de França Silva, Diego Santos da Silva, Roni José Batista, Edervaldo Freire, Marcos Augusto Ferreira Queiroz e Fernando Marques Boabaid (os dois últimos respondem ação em liberdade), são acusados de matar o empresário de Várzea Grande, Eduardo Rodrigo Beckert, em 05 abril de 2016 no Centro da cidade.
No dia do crime, a vítima estava em frente à sua casa, dentro da caminhonete e se preparava para entrar na garagem, quando foi surpreendido pelos criminosos e executado com pelo menos 10 tiros.
Nos autos, cita que a defesa de José Edmilson Pires e de Claudiomar Garcia requereram a revogação da prisão usando como um dos argumentos o risco de contaminação pela Covid-19 (coronavírus), substituição da prisão por domiciliar ou por medidas cautelares diversas.
Ao analisar o pedido, o juiz Murilo Moura apontou como insuficiente e inadequada a fixação de medidas cautelares diversas da prisão, ao mesmo tempo que demonstra o risco gerado pelo eventual estado de liberdade de José Edmilson e Claudiomar.
Além disso, o magistrado afirmou que nos autos não se constata a possibilidade da revogação da prisão ou da substituição pela prisão domiciliar em virtude do risco de infecção pelo novo coronavírus.
“Por outro lado, finalizada a instrução criminal, inclusive com a pronúncia dos réus, não há que se falar em constrangimento ilegal por excesso de prazo. MANTENHO as prisões preventivas de Claudiomar Garcia de Carvalho e José Edimilson Pires dos Santos, já que permanecem os requisitos constantes do art. 312, do Código de Processo Penal e se mostram inadequadas e insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão, não sendo, ainda, o caso de substituição da prisão cautelar por domiciliar”, diz trecho da decisão.
José Edmilson Pires dos Santos é apontado, conforme investigações da Polícia Civil, como um dos responsáveis de comandar o grupo de extermínio ao lado do ex-PM, Helbert de França. Pires já possui condenações que ultrapassa 100 anos de prisão pelos crimes supostamente cometidos pelo grupo criminoso. Os crimes teriam ocorrido, na sua grande maioria, na região do Grande Cristo Rei.
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