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VGNJUR Quarta-feira, 25 de Setembro de 2024, 11:46 - A | A

Quarta-feira, 25 de Setembro de 2024, 11h:46 - A | A

Operação Suserano

Empresa em nome de chapeiro monopolizava contratos de "kits agrícolas" na Seaf

Eles foram alvos de Operação por esquema de corrupção na Seaf

Lucione Nazareth/VGNJur

Tupã Comércio e Representações, acusada de monopolizar os contratos superfaturados com a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) para fornecer kits agrícolas, foi registrada em nome de um homem de vida modesta e que atua como “chapeiro”. A informação consta em decisão judicial do dia 19 de setembro proferida pelo juiz João Bosco Soares do Núcleo de Inquéritos Policiais. 

Além da empresa, o presidente do Instituto de Natureza e Turismo (Pronatur), Wilker Weslley Arruda e Silva, também foi alvo da operação Suserano, deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor). Wilker Weslley adquiriu recentemente imóveis e veículos de luxo, no valor total de R$ 1 milhão, mesmo sem o instituto possuir fins lucrativos.

Segundo as investigações da Deccor, o instituto é apontado como intermediária do suposto esquema que desviou R$ 28.009.217,00 milhões em recursos da Seaf na gestão de Luiz Arthur de Oliveira Ribeiro, Luluca.

Segundo a decisão que autorizou a operação, proferida pelo juiz João Bosco Soares da Silva, Wilker Weslley registrou a Pronatur em 15 de setembro de 2008 sem fins lucrativos. Contudo, foi verificado que ele possui registrado em seu nome quatro veículos de luxo, adquiridos recentemente, bem como dois bens imóveis, aproximadamente no valor de R$ 1.000.000,00 milhão, “o que injustifica a considerável evolução patrimonial”.

Empresa em nome de laranja

Consta dos autos, que a empresa Tupã Comércio e Representações, acusada de monopolizar os contratos superfaturados com a Seaf para fornecer kits agrícolas, foi registrada em nome de Euzenildo Ferreira da Silva, homem de vida modesta e que atua como “chapeiro”. Porém, foi verificado que o mesmo seria uma espécie de “laranja” do empresário Alessandro do Nascimento, o verdadeiro dono da empresa.

“Verificou-se que Alessandro foi o responsável pelo registro do domínio do sítio eletrônico da empresa. Além disso, constatou-se que Alessandro do Nascimento é procurador constituído da empresa Tupã Comércio e Representações, com amplos poderes para administrar a empresa, inclusive somente ele é quem pode substabelecer tais poderes a quem quer que seja. Ou seja, Alessandro do Nascimento é quem seria, de fato, o proprietário da empresa Tupã Comércio e Representações, que supostamente forneceu todos os kits de ferramentas constantes nos Termos de Fomento firmados entre a SEAF e o PRONATUR”, diz trecho da decisão.

No processo, cita que Ana Caroline Ormond Sobreira Nascimento, filha de Alessandro, embora possua apenas 22 anos, possui mais de R$ 5 milhões em bens, incluindo imóveis e veículos de luxo. Além disso, foram verificadas duas procurações concedidas a Alessandro que lhe garantiam controle total sobre os bens da filha, consolidando sua posição.

“Observa-se dos relatórios, que ao analisarem as redes sociais de Alessandro do Nascimento e de sua filha, Ana Caroline Ormond do Nascimento, constatou-se que a família detém uma vida luxuosa com viagens internacionais. Além disso, foi verificado forte indício de vínculo de amizade entre Wilker Weslley Diretor-Presidente da PRONATUR, com Alessandro do Nascimento e sua esposa, Herley Nascimento”, sic documento.

Leia Também - Confira nomes dos alvos de Operação por esquema de corrupção na Seaf

 
 

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