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VGNJUR Quarta-feira, 13 de Março de 2024, 14:20 - A | A

Quarta-feira, 13 de Março de 2024, 14h:20 - A | A

Extrema força

Associação denuncia ao STF brutalidade policial na desocupação do Brasil 21: "Até deputado foi vítima"

A Associação de Moradores Brasil 21 apela ao STF contra despejo forçado em Cuiabá

Rojane Marta/ VGNJur

A Associação de Moradores Brasil 21 2ª Etapa recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria da ministra Cármen Lúcia, buscando a suspensão da decisão que autorizou a reintegração de posse na Ocupação Brasil 21, localizada no Contorno Leste de Cuiabá. A ação, que impacta mais de 100 famílias residentes na área, foi criticada por sua execução, que contradiz diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH).

A reclamação constitucional apresentada destaca a alegada desproporcionalidade e desumanidade na ordem de desocupação emitida em 10 de março de 2024, agravada por relatos de demolições e proibição dos moradores de acessarem suas casas para recuperar pertences pessoais. Segundo a Associação, além do trauma psicológico e físico imposto aos desalojados, muitos dos quais agora encontram-se sem abrigo, a medida contradiz os preceitos constitucionais de direitos humanos, expondo as famílias a ainda mais vulnerabilidade.

A manifestação da Associação também cita episódios de violência policial contra legisladores que visitaram a localidade, incluindo o deputado estadual Wilson Santos, destacando a extrema violência utilizada na execução da reintegração. “Nobre Julgadora até mesmo pessoas como o Dep. Estadual Wilson Santos está sendo vítima da brutalidade policial, o que sucederá aos demais desafortunados que estão na localidade?”, cita trecho da manifestação.

O recurso solicita uma revisão imediata da decisão de reintegração, enfatizando a ausência de um plano de realocação adequado para as famílias desalojadas, em clara violação à Resolução nº 10/2018 do CNDH, que trata da excepcionalidade do despejo. A Associação pede que seja suspensa a liminar que autoriza o despejo até que soluções habitacionais seguras e dignas sejam providenciadas para as famílias impactadas.

Além disso, a reclamação solicita a intervenção da Comissão de Direitos Humanos e a remessa do caso à Comissão de Soluções Fundiárias, com o objetivo de encontrar uma solução justa e humanitária para o conflito. Caso a reconsideração da decisão não seja possível, a Associação enfatiza a importância do registro fático do descaso do Poder Público com a população vulnerável.

Leia mais: Defensoria Pública de MT intervém contra demolição em Ocupação Brasil 21

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