Nesta terça-feira (18.02), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com representantes da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais – Abiove e da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio). Durante a reunião, o ministro destacou o comprometimento do governo federal com o biocombustível e as energias renováveis.
“O governo do presidente Lula criou o Programa Nacional do Biodiesel e o incentiva até agora. Já no governo anterior não foi assim, e aqui está o pessoal da indústria como testemunhas, o Programa do Biodiesel vinha sendo desestimulado. O governo havia retrocedido para a mistura B10, priorizando a importação de diesel de péssima qualidade, como o diesel S500, com enxofre e metais pesados”, declarou o ministro.
Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor de biocombustíveis do mundo, atrás dos Estados Unidos e Indonésia, respectivamente. A soja é a principal matéria-prima utilizada para produção de biocombustível, sendo a estimativa de produção ano safra um fator importante no mercado.
E foi isso que os dados do 5º Levantamento da Safra de Grãos 2024/2025 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) trouxeram. Segundo o documento, a produção do grão é estimada em 166.013,8 mil toneladas, 12,4% superior à da safra 2023/24, e a área cultivada estimada é de 47.450,6 mil hectares, aumento de 2,8% em relação ao ciclo anterior.
Fávaro explicou que além de promover sustentabilidade na produção agropecuária e a transição energética, gerando o uso contínuo de produtos como a soja, o milho e a canola, recursos renováveis, os biocombustíveis também contribuem em outros setores da economia. “Eles agregam na geração de emprego, na composição dos preços, porque o óleo ajuda na formação de preço do farelo, que se transforma em carne. Então, há um complexo industrial com grande vocação brasileira sendo viabilizado com este produto”, completou.
DECISÃO DO CNPE
Hoje (18), o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) suspendeu temporariamente o aumento da mistura do biodiesel ao diesel para 15% (B15), programado para entrar em vigor em março deste ano. Com a decisão, continua a valer em todo o território nacional a mistura de 14% do biodiesel ao diesel, percentual vigente desde março de 2024, como estipulado pelo CNPE.
A suspensão temporária é para ajudar a conter os preços dos alimentos, que é a grande prioridade do governo do presidente Lula.
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