O deputado estadual Wilson Santos (PSD) expressou suas dúvidas quanto ao cumprimento do cronograma da chegada da Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio Vuolo, em Cuiabá, por parte da empresa Rumo Logística. Segundo o deputado, a empresa parece não ter interesse em estender a ferrovia até Cuiabá e teria assinado o contrato em um momento de empolgação.
"Mas eles não vão cumprir, daqui a pouco vão falar muitas coisas bonitas, poesias, poemas, mas não vão cumprir. Infelizmente, vão descumprir. E cabe a nós, setor produtivo, setor político do Estado, fazer pressão sobre o que foi contratualizado", criticou o deputado, afirmando que o verdadeiro interesse da empresa é chegar até Lucas do Rio Verde, "desonrando sua própria palavra".
A Rumo Logística, concessionária da ferrovia, está sendo alvo de críticas por dar continuidade às obras do trecho de Juscimeira até Campo Verde, sem apresentar um estudo para o trecho que se estende até Cuiabá. No entanto, a empresa enviou apenas representantes para responder às críticas em uma audiência pública.
"Gostaria que estivessem aqui os diretores, aqueles que têm poder de decisão, mas a Rumo vem sabotando Cuiabá há muito tempo, não é de hoje. Francisco [presidente do Fórum Pró-Ferrovia em Cuiabá, Francisco Vuolo] trouxe aqui uma declaração dos diretores, que garantia que em 2025 já teríamos a ferrovia na Capital. Não teremos. Eles não vão cumprir, porque têm outros interesses", declarou Wilson.
O deputado argumentou que o histórico de desprestígio com Mato Grosso é evidente, tanto por parte do Poder Público quanto do setor privado. Ele instou os deputados a pressionarem a Rumo para que ela cumpra sua promessa, destacando que 1,250 milhão de pessoas seriam beneficiadas com a ferrovia em Cuiabá.
"Não são apenas as empresas privadas que nos tratam com deboche, irresponsabilidade e que não cumprem contratos. O Poder Político de Mato Grosso precisa exercer essa pressão, os deputados precisam estar cientes do papel para o qual foram eleitos. Não estamos pedindo à Rumo nem uma vírgula a mais do que foi contratualizado, não estamos aqui mendigando absolutamente nada além do que foi acordado. Eles devem honrar suas palavras para terem credibilidade neste Estado", enfatizou o parlamentar.
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