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Wilson Santos
O secretário de Estado de Cidades, Wilson Santos, confirmou nesta quinta-feira (31.08) que participou de uma reunião com o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), mas negou que tenha proposto ao ex-gestor vender sua candidatura ao governo do Estado, nas eleições de 2010, pelo valor de R$ 10 milhões.
O ex-governador Silval Barbosa afirmou em delação premiada que em 2010 foi realizado uma reunião na residência do ex-senador Oswaldo Sobrinho, com então candidato ao governo Wilson Santos. Nessa reunião, Wilson teria pedido R$ 10 milhões ao peemedebista para que evitasse críticas ao governo e centrasse acusações ao ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), que também era um dos seus adversários na disputa pelo Palácio Paiaguás.
Em entrevista à Rádio Capital FM, Wilson confirmou que realmente participou da reunião com Silval, mas que não pediu qualquer quantia. “Ele deve ter fumado maconha estragada no Carumbé. Nenhum momento nessa reunião se falou em cifras. Aquela eleição estava indefinida, e todo mundo sabe que o diálogo faz parte do cenário político em período de eleição. Conversei com ele, mas não se falou em cifras”, disse Santos ao desmentir a proposta.
Ainda sobre a denúncia, ele disparou: “Isso que o Silval está falando contra mim é uma tremenda bobagem e maldade do Silval. Não é do meu perfil essa negociata. Dois anos foi pouco de cadeia para Silval, ele não aprendeu. Nessa delação ele mente em muitas coisas, principalmente isso que está dizendo sobre mim”.
Wilson apontou que o ex-governador relatou em sua delação que cooptou apoios do ex-deputado Dilceu Dal Bosco (então candidato a vice de Wilson em 2010), Júlio Campos e de Guilherme Maluf, porém, não conseguiu o dele (Wilson). “Comigo ele quebrou a cara. Já falei com meus advogados eu vou processa-lo por injuria, calunia e difamação”, revelou o tucano.
Apesar de negar a suposta negociata, Wilson disse que “muitas coisas” reveladas por Silval na delação “são verdadeiras”. “Muitas coisas que ele está dizendo são verdades, principalmente os comprovados com vídeos, áudios e documentos, outras não. O Silval está abusando da prerrogativa da delação para dar o troco em adversários políticos e desafetos na política”, declarou Santos.
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