O prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB), em entrevista ao VG Notícias, disse que deve sentar nos próximos dias com os médicos da rede municipal para tentar resolver a questão da greve da categoria que se estende desde julho do ano passado.
Segundo ele, diferente de Cuiabá, a greve em Várzea Grande é uma greve “branca”, já que não atingiu toda a rede de saúde do município, tendo em vista que o Pronto-Socorro municipal vem atendendo a população.
“Podemos considerar a greve como “branca”, porque o Pronto-Socorro não houve uma paralisação no atendimento, os procedimentos continuam sendo feitos e a população vem sendo atendida”, disse o peemedebista.
Ele justificou ainda, que não tem motivo para os médicos da unidade de saúde “cruzarem os braços”, porque segundo Walace, os profissionais são bem remunerados. “No Pronto-Socorro não tem motivo para que os médicos entrem em greve, os salários deles são bons”, finalizou o prefeito.
No entanto, a greve na rede municipal de saúde é justamente em busca de um aumento salarial, além de ajuste no enquadramento e melhorias nas condições de trabalho.
Outro lado – De acordo com a presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), Elza Queiroz, nos últimos dias a situação salarial dos médicos piorou, devido aos atrasos dos salários e de parte do 13° salário.
“No mês de dezembro a situação salarial dos médicos só piorou, porque atrasou os salários e parte do 13°. Segundo informações dos profissionais da saúde, o prefeito vai parcelar estes atrasos em até três vezes, piorando a situação” destacou.
Segundo a presidente do Sindimed, os médicos ganham hoje no Pronto-Socorro entre R$ 5 mil a R$ 5,5 mil para trabalhar 24 horas semanais. De acordo com ela, a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) regulamenta que o piso deve ser de R$ 9,2 mil por 20 horas semanais. “Os médicos estão ganhando muito abaixo do piso da Fenam. O discurso de que os médicos ganham bem, não cola”, declarou a sindicalista.
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