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Política Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024, 11:42 - A | A

Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024, 11h:42 - A | A

gravações com clientes

Mauro Mendes diz que centenas de advogados cometeram crimes e cita "pombos-correio" de clientes na cadeia

Governador defendeu fala do procurador-geral, que apontou necessidade de investigações contra advogados

Lázaro Thor/VGN

O governador Mauro Mendes (União Brasil) defendeu nesta quarta-feira (27.11) o procurador-geral de Justiça, Deosdete Cruz Júnior, ao comentar sobre declaração em que o procurador citou a possibilidade de investigar advogados que defendem pessoas envolvidas com o crime organizado. Para Mauro Mendes, a reação negativa dos advogados a fala foi "desproporcional".

"Eu achei um pouco desproporcional a reação deles, respeito opiniões, entretanto advogados cometem sim crimes", afirmou Mauro. "A advocacia, como um todo, não foi atacada, o que eu vi claramente o procurador-geral dizer é que alguns advogados trabalham como pombo-correio para levar informações de dentro da cadeia para clientes ou faccionados que eles representam e vira e mexe, hoje mesmo, temos aí uma operação em que advogados estavam sendo usados como laranjas", afirmou.

A fala de Deosdete repercutiu nacionalmente, gerando críticas e apoios de toda sorte. Entre as críticas, a principal partiu dos próprios advogados, que trataram como arbitrária a proposta do chefe do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT). Mendes ressaltou que a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT) deve defender os "bons advogados".

"Nós podemos falar de pessoas ou de uma classe, mas eu não vi aqui ele falar que a advocacia comete crimes, mas sim que pessoas, e aí nós temos dezenas e centenas de advogados que já foram condenados no país por cometer crimes", declarou.

A declaração polêmica de Deosdete foi feita na última segunda-feira (25.11) durante o lançamento do programa "Tolerância Zero ao Crime Organizado", no Palácio Paiaguás, em Cuiabá.

Durante o discurso, Deosdete argumentou que a medida seria essencial para combater crimes comandados de dentro das unidades prisionais. Ele também criticou advogados que, segundo ele, atuariam como intermediários das facções.

"Essas pessoas [criminosos] continuam falando lá de dentro com, muitas vezes, advogados que usurpam dessa função, que são pombos correio do crime. O advogado que está atendendo um faccionado tem que ter a sua conversa gravada para o bem da sociedade."

Leia mais: OAB/VG repudia as declarações do procurador-geral de Justiça de MT 

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