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Política Terça-feira, 11 de Agosto de 2020, 15:48 - A | A

Terça-feira, 11 de Agosto de 2020, 15h:48 - A | A

Entrevista

“Vergonhoso”, diz Vargas ao atribuir número de mortes por Covid-19 em VG à projeção de político

Adriana Assunção/VG Notícias

O empresário Flávio Vargas (PSB), pré-candidato a prefeito de Várzea Grande, visitou na manhã desta terça-feira (11.08) o VG Notícias, concedeu entrevista, falou sobre seu projeto para o município e os motivos que o levaram a entrar na ‘briga’ pela Prefeitura. Vargas não economizou críticas à família Campos.

“Estamos há 50 anos a mercê de uma família, onde o grupo deles só sai candidato quem a família dá benção. Eu acho que tem que mudar, tem que ser menos político e mais trabalho. Muita política, muita decisão de uma pessoa só, isso não é bom”, disse o empresário.

Vargas, que recentemente se curou do coronavírus, teceu duras críticas à gestão Lucimar Campos (DEM) no combate à pandemia da Covid-19. Segundo Flávio, a atual gestão usou a pandemia para projetar Kalil Baracat (MDB), ao deixar o ex-secretário à frente do Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19.

O empresário disse que a escolha política resultou no número de mortes no município, que contabiliza nesta terça, 334 óbitos, o segundo município a liderar a triste posição no ranking de mortes do Estado. “Foi vergonhoso o que aconteceu, colocaram um político para desenvolver ações da pandemia. Queriam fazer com que ele se projetasse para ser um pré-candidato a prefeito e esqueceram realmente do problema da saúde. Botaram uma pessoa política que não entendia nada sobre o problema e deu no que deu. Hoje é o segundo maior município com causa de morte. A política entrou no meio da saúde e não pode! Saúde tem que ser gerida por uma pessoa que entende”, destacou Vargas.

Segundo o pré-candidato, a atual gestão teve recursos, porém, subestimou a pandemia: “Tiveram dinheiro, dinheiro veio, mas não se prepararam ou não acreditaram que chegaria a esse nível, ficaram com dinheiro no caixa e sem preparar as UTIs, sem preparar o Pronto-Socorro”, criticou o pré-candidato.

Confira os melhores trechos da entrevista:

O que levou o senhor a disputar à Prefeitura de Várzea Grande?

- As insatisfações de um grande número de pessoas em Várzea Grande, de pessoas bem conceituadas, me chamaram para um grupo para disputar, exatamente pelo descontentamento do que está acontecendo com esse grupo político que hoje está no poder. Insatisfação pela administração e pela forma como estão conduzindo a cidade.

O arco da aliança do senhor está composto por 11 partidos, PSB, PROS, PSL PSC, PRB, Patriota, Solidariedade, PRTB, DC, PSD e PDT, pode falar como o grupo irá participar.

- Formamos um grupo de oito partidos onde eu fui escolhido pela maioria para ser um pré-candidato a prefeito de Várzea Grande. Esse grupo de oito, hoje já está em 11 e pretendemos chegar a 15 até o começo da campanha. Estes 11 partidos estão juntos para administrar a cidade.

Com a aliança com o PLS, o senhor busca agregar eleitores bolsonaristas, mas como fica a esquerda?

- Hoje o vice nosso é do PSL, que é o coronel Zilmar Dias. Com certeza buscamos os eleitores aliados do presidente. Com o PT estamos conversando, temos o espaço aberto para conversar com eles. Eu acho que não vem em nossa coligação, mas temos relacionamento muito bom com o PT também.

O senhor crítica o atraso no desenvolvimento de Várzea Grande, pode deixar claro qual sua opinião sobre a infraestrutura da cidade.

- Temos problemas de falta de água, rede de esgoto, águas fluviais. O maior problema é a falta de rede de esgoto, o maior ‘gargalo’ do Pronto-Socorro é justamente pela falta. Em relação ao asfalto, eles fazem o asfalto, mas depois se acaba com a chuva, porque, justamente não tem rede de água fluvial.

Quanto à falta d’água que são constantes as reclamações ao Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE/VG)

- Nesses 40 anos que estou aqui são os mesmos problemas, 40 anos discutindo os mesmos problemas, falando as mesmas coisas. Estamos em um lugar onde tem um Rio Cuiabá, não tem explicação faltar água em Várzea Grande. Isso é despreparo de quem está administrando ao longo desses 50 anos o município.

O senhor tem interesse em privatizar o DAE?

- Privatizar não! Eu acho que o DAE tem muitos funcionários lá concursados lá dentro, com capacidade de gerir e fazer uma boa gestão. Eu acho que tem que tirar a política de dentro do DAE e colocar pessoas que pensam no cidadão várzea-grandense. E buscar recursos para justamente fazer uma captação de água e um tratamento que de para suprir essa falta de água.

Quanto a Educação, qual sua opinião em relação à pasta e quais suas propostas?

- É vergonhoso o salário dos professores, da baixada cuiabana temos o pior salário. Então ao longo do tempo à própria Prefeitura vem desmotivando os professores. É por isso que temos índices baixíssimos, é justamente por não valorizar os professores. Primeira atitude da nossa gestão vai ser valorizar os professores, não só os professores, mas todos que trabalham na escola.

Quais suas qualidades que fariam com que o leitor depositasse seu voto?

- Estou aqui há 40 anos onde construí minha família, minha empresa. É gestão, você tem que colocar a pessoa certa no lugar certo, não só na área pública como na linha privada, se você não tiver um profissional bom na linha de frente, as empresas falem e é isso que aconteceu aqui. Faliu a administração.

Quanto às dívidas do município adquiridas nos últimos empréstimos?

- Isso que eu não concordo, eu acho que esses empréstimos teriam que ser feitos lá atrás, quando ela assumiu há seis anos. Fazer esses asfaltos, esses empréstimos, lógico, Várzea Grande merece tudo isso que ela vem fazendo, mas não fazer no último ano de Governo. Tinha que ter começado fazer e endividar a Prefeitura lá atrás, há seis anos, e ir pagando. Mas eu acho que com mais empregos que pretendemos fazer, mais empresas para gerar mais impostos, Várzea Grande conseguirá sair desse emaranhado que está.

O senhor consegue resolver os problemas em quatro anos?

- Vamos trabalhar para resolver os problemas, mas eu acho que o caos que foi instalado em todos os setores levam no mínimo uns 10 a 12 anos. Mas o povo várzea-grandense é trabalhador e acredito que consigo resolver parte nesses quatro anos e o povo vai querer que a gente fique para continuar.

O senhor tem experiência na rede privada, acredita que vai encontrar dificuldade na rede pública?

- Toda gestão é igual. A turma fala que é diferente e não é. Se você não souber administrar ou investir bem, vai falir a empresa. Se você não souber colocar pessoas para gerir as Secretarias você vai falir a Prefeitura. Tem que ter pulso firme para demitir pessoas que estão lá como ‘cabide de emprego’, estão lá só para receber e não trabalhar. Então, sobrando demais gente na Prefeitura tem que mandar embora! Tem que demitir!

Qual a proposta para gerar empregos?
- Para gerar mais emprego na cidade, vamos dar incentivo fiscal para as empresas virem aqui e não só isso, os pequenos empresários que hoje são os mais castigados com essa pandemia a Prefeitura tem que ir atrás para gerir empréstimos e dar estrutura, coisa que não acontece.

Aproveitando a deixa, qual a sua opinião sobre a mudança dos ambulantes da Arthur Bernardes?

- O erro ocorreu lá atrás. Deixaram instalar e agora querem tirar. Como você instala suas empresas e empregados num lugar e de repente chega alguém e fala que você não pode estar ali. É igual chegar em minha empresa e dizer: você não pode mais trabalhar. Isso ai não existe, precisa ter um planejamento de 10, 12 anos, dar incentivos para eles se instalarem em algum lugar, oferecer estrutura que comportem eles, não como foi feito, vocês têm que sair e acabou!

 

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