Vereadores de Várzea Grande destacaram durante sessão ordinária, nesta terça-feira (29.08), o aumento dos casos de violência contra mulheres no município e observaram a necessidade de mudança nas políticas públicas para torná-las mais severas, a fim de evitar esse ciclo de violência feminina.
A vereadora Rosy Prado (União) reforçou que a Câmara de Vereadores deve estar unida e disposta a mudar essa realidade. Conforme ela, a violência no Estado de Mato Grosso é gritante, tornando o Estado um dos mais violentos do país.
"Essa luta tem que ser de todos nós. A luta é desta Casa de Leis. Precisamos dar um basta na violência contra as mulheres, que é gritante e aumenta a cada dia. Hoje, o nosso Estado é o mais violento entre todos os Estados brasileiros. Por isso, precisamos dar as mãos", afirmou a vereadora durante discurso na tribuna.
Além disso, Rosy destacou o número absurdo de assassinatos de mulheres em Mato Grosso e afirmou que o Poder Público não pode esperar mais mulheres morrerem vítimas de violência para unir forças e interferir com mudanças. "Não consigo mais acordar pela manhã e ver mulheres que foram assassinadas. Quantas ainda precisam morrer para nos unirmos? O problema não pode ser de apenas uma", disse.
O vereador Rogério França Martins, conhecido como Rogerinho Dakar, também usou a tribuna para afirmar a necessidade de leis mais severas diante das violências. Dakar relembrou o caso do ex-deputado estadual José Joaquim de Souza Filho, conhecido como "Baiano Filho", que agrediu a esposa no último domingo (27), em Confresa.
Conforme ele, a vítima não o denunciou, e isso é um exemplo da realidade, onde muitas mulheres são agredidas, mas acabam não levando o caso às autoridades por medo. "Precisamos ter leis mais severas para que esse contexto mude. Temos o caso do ex-deputado Baiano Filho, que foi visto e gravado por populares, mas infelizmente a esposa não o denunciou por medo, e isso não deve acontecer", disse.
Além da mudança nas leis, Dakar também observou que deve ser feito um trabalho nas escolas com as crianças, visto que muitas convivem com a violência em casa, com pais que agridem as mães.
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