A presidente da Câmara de Cuiabá, Paula Calil (PL), afirmou nesta terça-feira (07.01) que não terá qualquer interferência do Executivo na Casa de Leis pelo fato da primeira-dama Samantha Iris (PL) ocupar o cargo de presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Paula citou também que o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), não queria a esposa e vereadora na presidência da comissão.
A parlamentar revelou que Samantha buscou nos bastidores trabalhar seu nome para presidir a CCJ, uma das principais da Casa Legislativa, sem muito alarde, e que inclusive não teria revelado nem mesmo ao marido, o prefeito Abilio Brunini (PL).
Calil ainda declarou que a interferência é inexistente, até pelo fato de que, quando Abilio soube da candidatura da esposa à Comissão, o mesmo se mostrou contrário. Contudo, conforme a parlamentar, Samantha buscou apoio necessário no parlamento para ter o nome aprovado no Colégio de Líderes.
“A Samantha foi eleita com 7.460 votos. É legítimo. E ela se colocou candidata à presidência da CCJ. A Samantha se colocou aqui em off, o prefeito Abilio nem sabia, e também quando ele ficou sabendo não queria. Mas ela se posicionou, ela buscou o apoio. A Samantha está aqui para trabalhar. Se ela não trabalhar, iriam falar que ela não está trabalhando, e está aqui justamente para isso, para trabalhar, pelo povo. Ela foi eleita pelo povo, é legítimo”, declarou a parlamentar.
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Maysa garante que Câmara não será "puxadinho"
Já a vice-presidente da Casa, Maysa Leão (Republicanos), garantiu que o Legislativo não vai se tornar “puxadinho” da Prefeitura por Samantha presidir a Comissão de Constituição e Justiça. Segundo ela, poderiam existir questionamentos caso a primeira-dama passe a integrar a Comissão de Ética - responsável por julgar denúncias contra o prefeito.
“Seria um puxadinho do Executivo ela (Samantha) na Comissão de Ética! A comissão que vai julgar os atos do prefeito, caso seja necessário, é a Comissão de Ética. Eu acredito que a vereadora Samantha não pode nem compor essa Comissão porque ela, como primeira-dama, claro que não será imparcial em relação ao marido. A CCJ é técnica, no qual vai olhar se é constitucional ou não. Ela vai dizer se este projeto pode ou não tramitar. Então, isso não tem nada a ver com o Executivo porque ela olha muito mais projetos da Câmara do que do Executivo”, disse a vereadora.
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