Sem saber que estava criticando uma lei criada pelo então prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (União), hoje governador do Estado, a vereadora Michelly Alencar (União) condenou veementemente a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) pela cobrança de uma taxa diária de até R$ 2,3 mil por interdições causadas por obras do Estado na Capital.
Durante a sessão desta terça-feira (30.05), a vereadora acreditava estar atacando a administração municipal, quando, na verdade, estava direcionando suas críticas a seu próprio aliado, Mauro Mendes, autor da proposta. A lei foi sancionada em 2013, durante a gestão de Mendes à frente da Prefeitura de Cuiabá.
Michelly Alencar acusou a Prefeitura de Cuiabá de emperrar as obras da Avenida 8 de Abril - integra o pacote de obras da Copa do Mundo de 2014 - e jogar contra a própria cidade por efetuar a cobrança. No entanto, o vereador Dídimo Vovô (PSB) rebateu as críticas e orientou sua colega de Parlamento a apresentar uma proposta para alterar a lei, além de avisá-la que a lei, na verdade, é da gestão Mauro Mendes.
“Todas às vezes que precisamos fazer interdição de uma rua ou mesmo que seja parte dessa rua pedimos autorização para Semob, o Governo do Estado pediu essa autorização para começar algumas interdições e sabe qual foi o posicionamento? Autorizou, mas está cobrando R$ 4 mil a diária por perímetro de interdição”, denunciou a parlamentar com indignação.
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Em resposta, Dídimo Vovô criticou a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) por informar que supostamente não tinha conhecimento da cobrança. “É um projeto sancionado pelo ex-prefeito Mauro Mendes Ferreira, está aqui na minha mão, Projeto de Lei Complementar número 323 de 20 de dezembro de 2013. O atual prefeito Emanuel Pinheiro não mudou, não alterou a lei, e a lei diz que é para cobrar e agora o Governo do Estado diz equivocadamente que não sabia que tinha que pagar os valores. Já que é para não pagar que venha mudar a lei. Agora, não venha jogar a responsabilidade para a Prefeitura de Cuiabá deixando de pagar as causas. Tem que pagar porque está na lei”, destacou o parlamentar.
É importante destacar que a empresa responsável pela execução das obras, neste caso, a empresa Nhambiquaras, é quem arca com esses valores.
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