Três representantes de Mato Grosso em Brasília, sendo dois senadores e um ministro, respondem por acusações criminais no Supremo Tribunal Federal (STF). A informação consta em levantamento feito pela Revista Congresso em Foco.
Ao todo, segundo o levantamento, o Senado Federal possui 48 senadores com pendências criminais no STF, dos quais 34 estão sob investigação na Operação Lava Jato. “Um recorde histórico, de acordo com o monitoramento iniciado em março de 2004” cita reportagem do Congresso em Foco.
Dos representantes de Mato Grosso, constam: os senadores Wellington Fagundes e Cidinho Santos – ambos PR, e o ministro da Agricultura, senador licenciado Blairo Maggi (PP).
Cidinho Santos, segundo o levantamento, é réu na ação penal 991, por crime de responsabilidade.
Wellington Fagundes, conforme o levantamento do Congresso em Foco, responde ao inquérito 2340, que tramita no STF desde julho de 2006. Em nota ele disse que aguarda o arquivamento da investigação: “Em atenção à solicitação desse veículo de comunicação, informo que o senador Wellington Fagundes, líder do Partido da República no Senado, aguarda a decisão pelo arquivamento do citado procedimento apuratório, visto que não se confirmou – como já era esperado desde o início – qualquer envolvimento de sua parte na questão investigada. Como integrante da Frente Parlamentar pelo Aperfeiçoamento do Judiciário, lamenta que situações como essa – em que não há absolutamente qualquer suposta prática criminosa – perdurem tanto tempo para um desfecho, causando prejuízos à imagem parlamentar.”
Já o senador licenciado, Blairo Maggi (PP) é alvo do inquérito 4447, aberto com base nas delações premiadas de executivos da Odebrecht. “É suspeito de receber ilicitamente R$ 12 milhões em sua campanha ao governo de Mato Grosso, em 2006” diz texto do Congresso em Foco.
Por meio de nota, Blairo negou ter recebido doações da Odebrecht para campanhas eleitorais, confira: “Com relação ao inquérito em tramitação no STF (Supremo Tribunal Federal), resultado da delação de diretores da Construtora Odebrecht, mais precisamente do senhor Pedro Leão, reitero tudo que venho afirmando desde que meu nome foi citado nessa investigação: 1. Não recebi doações da Odebrecht para minhas campanhas eleitorais. 2. Não tenho ou tive qualquer relação com a empresa ou os seus dirigentes e nem autorizei quem quer que seja a fazer qualquer tipo de pedido em meu nome. 3. Estou aguardando com serenidade o andamento das investigações, tendo plena convicção de que minha inocência será demonstrada ainda durante o inquérito. 4. Tenho minha consciência tranquila de que nada fiz de errado.”
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