Em pronunciamento nesta sexta (25.05), o presidente da República Michel Temer (MDB), disse que uma minoria radical de caminhoneiros não cumpriu com o acordo firmado ontem (24) com entidades de caminhoneiros e o Governo, e anunciou que acionou as forças federais para liberar as rodovias bloqueadas pela categoria. O presidente também convidou os governadores dos Estados para tomarem a mesma atitude.
No acordo de ontem, a categoria se comprometeu a suspender a paralisação por 15 dias e retomar o abastecimento no País. Entre os compromissos firmados entre o Governo e as entidades que estariam representando os caminhoneiros, constam a diminuição da alíquota da Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre o diesel a zero e a redução de 10% nos preços do combustível nas refinarias por 30 dias seguidos, por meio de contrapartida entre a União e a Petrobras. Além de garantia do transporte de parte das cargas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
O presidente diz ter atendido 12 reivindicações mais ou menos prioritárias dos caminhoneiros, que se comprometeram a encerrar a paralisação imediatamente.
“Ontem chegamos a um acordo com as lideranças nacionais representativas dos caminhoneiros. Eles pediram uma redução do preço do óleo diesel, a União irá ressarcir a Petrobras para garantir a redução de 10% do preço final do diesel, pediram estabilidade no preço, nós acordamos, estabilidade no preço do óleo diesel a cada 30 dias, para garantir a chamada e demandada previsibilidade dos custos dos caminhoneiros, eles pediram a eliminação da CIDE no preço do óleo diesel, o Governo firmou um acordo com o Congresso para zerar a CIDE, eles pediram a garantia do transporte de parte das cargas da Conab e nos asseguramos o encaminhamento ao Congresso Nacional de uma medida provisória que dê aos autônomos 30% das cargas da Conab, esse diálogo contamos, naturalmente, com o apoio decidido do Congresso Nacional” destacou.
No entanto, segundo Temer uma minoria radical tem bloqueado estradas e impedido que muitos caminhoneiros façam o seu trabalho, e por isso, decidiu, de imediato, implantar o plano de segurança para superar os graves efeitos desabastecimento causado pela paralisação.
“Esse foi o compromisso conjunto, esse deveria ter sido o resultado do diálogo, os caminhoneiros, aliás, estão fazendo a sua parte, mas infelizmente uma minoria radical tem bloqueado estradas e impedido que muitos caminhoneiros levem adiante o seu desejo de atender a população e fazer o seu trabalho, eu quero anunciar, portanto, e de imediato, vamos implantar o plano de segurança para superar os graves efeitos desabastecimento causado por esta paralisação” declarou.
Temer comunicou que acionou as forças federias de segurança para desbloquear as estradas e solicitou aos governadores que façam o mesmo. “Nós não vamos permitir que a população fique sem os gêneros de primeira necessidade, e não vamos permitir que os consumidores fiquem sem produtos, não vamos permitir que os hospitais fiquem sem insumos para salvar vidas, não vamos permitir também que crianças sejam prejudicadas com o fechamento de escolas, como não vamos permitir que produtores tenha o seu trabalho ainda mais afetado” ressaltou.
De acordo com o presidente, quem bloqueia estradas, quem age de maneira radical está prejudicando a população e será responsabilizado.
“Vamos garantir a livre circulação, o abastecimento, o acordo está assinado e cumpri-lo naturalmente é a melhor alternativa. Portanto, o governo espera e confia que cada caminhoneiro cumpra o seu papel, o governo teve, como tem sempre, a coragem de dialogar, o governo agora terá a coragem de exercer a sua autoridade em defesa do povo brasileiro” conclui.
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