O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Sérgio Ricardo, afirmou nessa quarta-feira (21.02) que a Corte de Contas irá investigar as supostas irregularidades no contrato da empresa Medtrauma Serviços Médicos Especializados [com sede em Cuiabá] firmado com o Governo do Estado e com Prefeitura de Cuiabá.
A empresa é alvo de investigação da Polícia Federal em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), por integrar suposta organização criminosa que teria atuado para fraudar procedimentos licitatórios na área da Saúde, causando prejuízo na ordem de R$ 30 milhões.
As investigações apuram denúncia apresentada à CGU relativa a supostas irregularidades ocorridas na Adesão da Ata de Registro de Preços da Secretaria de Saúde do Acre para prestação de serviços relacionados à Ortopedia e Traumatologia já com o fornecimento de OPME.
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O Governo do Estado e a Prefeitura de Cuiabá aderiram o citado certame que teve como vencedora a Medtrauma pertencendo ao Grupo SANUS, cujos proprietários são os médicos Gabriel Naves Torres Borges, Alberto Pires de Almeida e Osmar Gabriel Chemin, réus na Operação Espelho que apura “cartel da saúde” que fraudava licitações.
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Em entrevista à imprensa, o presidente do TCE Sérgio Ricardo disse que ao tomar conhecimento da denúncia determinou a instalação de uma equipe técnica que irá fazer uma avaliação completa no contrato tanto em relação ao município de Cuiabá quanto em relação ao Governo do Estado.
“O Tribunal de Contas vai cumprir seu papel. Nós vamos fazer uma investigação em cima de todos os termos do contrato: o que foi executado, o que deixou de ser feito, e que circunstâncias esse contrato foi instaurado. Nos próximos dias o Tribunal vai ter seu parecer”, disse o conselheiro.
Importante destacar que na última segunda (19), o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), decretou a suspensão imediata do contrato da Medtrauma, assim como determinou a realização de uma auditoria interna em todos os pagamentos efetuados pela Empresa Cuiabana de Saúde Pública à empresa, intermediados pelo Gabinete de Intervenção do Governo do Estado.
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