O governo do Estado, em nota, rebateu nessa segunda-feira (21.08) as acusações do empresário Alan Malouf de que as fraudes na Secretaria de Estado de Educação (SEDUC/MT) teria ocorrido a “mando” do governador Pedro Taques (PSDB) para pagamento de dívida de campanha oriunda das eleições de 2014.
Malouf, no acordo de delação premiada, afirmou que as fraudes na SEDUC/MT, investigadas por meio da Operação Rêmora, foram “ordenadas” por Taques, e que na campanha eleitoral do gestor teria ocorrido “caixa dois”.
Em nota, o governador classificou as acusações de Malouf sobre “caixa dois” de campanha como “levianas e absurdas”, e negou qualquer ilegalidade referente a campanha eleitoral de 2014, como também a participação do empresário na arrecadação de dinheiro para a campanha.
“Portanto, caso haja qualquer valor que eventualmente tenha sido movimentado pelo investigado e que não esteja contabilizado, não foi utilizado na campanha, cabendo apenas e tão somente ao investigado esclarecer a origem e destino dos valores por ele mencionados”, diz trecho extraído da nota.
Segundo consta da nota, o empresário fez declarações contra o governador com objetivo de apenas “livrar-se” das acusações que responde oriundas da Operação Rêmora.
“E a verdade é uma só: Pedro Taques tem uma vida de luta contra a corrupção e os corruptos, já tento enfrentado e desmantelado inúmeras quadrilhas que agiam no Estado e no país, e jamais compactuaria com qualquer ato ilegal, especialmente relacionado a desvios de recursos públicos”, diz outro trecho extraído da nota, que encerra afirmando que as empresas do empresário Alan Malouf jamais venceu qualquer licitação no governo do Estado durante a gestão Pedro Taques.
Veja abaixo a nota na integra:
Acerca do pedido do Ministério Público de Mato Grosso de compartilhamento de provas da Operação Rêmora com a Procuradoria-Geral da República, o Governo de Mato Grosso vem a público esclarecer o que segue:
01) O governador Pedro Taques nega enfaticamente as afirmações levianas e absurdas do investigado Alan Malouf sobre a fantasiosa existência de valores não contabilizados (o chamado “caixa dois”) na campanha de 2014, e reitera que todas as movimentações financeiras do referido pleito eleitoral encontram-se devidamente registradas na Prestação de Contas do PDT, partido pelo qual Pedro Taques disputou aquelas eleições - inclusive as despesas ainda não pagas – sendo que a prestação de contas da campanha foi aprovada sem ressalvas pela Justiça Eleitoral.
02) O governador afirma, ainda, que Alan Malouf jamais exerceu qualquer cargo ou delegação na arrecadação de fundos eleitorais, e que todas as doações, de pessoas físicas ou jurídicas (na época, permitidas) foram devidamente registradas. Portanto, caso haja qualquer valor que eventualmente tenha sido movimento pelo investigado e que não esteja contabilizado, não foi utilizado na campanha, cabendo apenas e tão somente ao investigado esclarecer origem e destino dos valores por ele mencionados.
03) O governador classifica as declarações do investigando como uma tentativa sórdida e mentirosa de envolvê-lo em ações criminosas das quais jamais teve conhecimento, tampouco delas deu ordem ou participou. Lamenta, ainda, que o investigado tente envolvê-lo nos atos ilegais, contrariando todos os demais depoimentos já prestados nessa investigação - com o claro propósito de desviar o foco das acusações que pesam contra si -, e informa que constituiu advogados para atuar no processo judicial e garantir que a verdade prevaleça. E a verdade é uma só: Pedro Taques tem uma vida de luta contra a corrupção e os corruptos, já tento enfrentado e desmantelado inúmeras quadrilhas que agiam no Estado e no país, e jamais compactuaria com qualquer ato ilegal, especialmente relacionado a desvios de recursos públicos.
04) O governador Pedro Taques já prestou, no dia 04 de maio de 2017, informações à Procuradoria Geral da República sobre a mesma Operação, apontando os equívocos do depoimento do empresário Alan Malouf, já narrados acima, e restabelecendo a verdade dos fatos.
05) Por fim, o Governo do Estado esclarece que, embora o investigado tenha mantido relacionamento social com Pedro Taques, suas empresas jamais venceram qualquer licitação ou contrato na administração estadual a partir de 01 de janeiro de 2015, uma vez que o governador, por estrita obediência às leis, nunca interferiu e jamais interferirá em qualquer processo de aquisição ou licitação no âmbito do Governo do Estado ou em qualquer outro Governo.
Cuiabá-MT, 21 de agosto de 2017.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).