O segundo suplente de senador, José Esteves de Lacerda Filho (PSD) afirmou em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (10.04), que aguarda uma licença da senadora Margareth Buzetti (PSD), para assumir vaga no Senado. Eleita na primeira suplência, Buzetti foi empossada como titular, após o senador licenciado Carlos Fávaro (PSD-MT) assumir a vaga de ministro da Agricultura.
Lacerda afirmou que ainda na campanha eleitoral, Fávaro firmou acordo para que pudesse assumir a vaga titular, no entanto, Buzetti nega ter feito acordo para rodízio de suplentes. “Antes da eleição, o Fávaro fez essa combinação, mas é uma decisão pessoal dela. Eu sou um homem politizado que faço política há 55 anos: na política não se escreve se combina politicamente. Eu não tenho como pedir ou falar com a senadora Margareth para que ela afaste para ceder a vaga para mim. Isso é uma questão pessoal dela”, declarou Lacerda.
Questionado se Margareth estaria quebrando um acordo, Lacerda se limitou a responder, que se trata de uma decisão pessoal da primeira suplente. Segundo ele, com sua experiência não tem mais vaidade por cargo. “Eu tenho em minha vida pública, já são 55 anos de vida pública, fui vereador, vice-prefeito, secretário de Estado cinco vezes, procurador-geral da Assembleia, deputado estadual constituinte, hoje suplente de senador, sabe o que eu tenho para pedir a Deus? Mais nada, só tenho a agradecer. Não tem nada que me dê vaidade de assumir cargo A, cargo B. Sou um homem maduro, experiente e treinado psicologicamente.”
Já sobre a manifestação da senadora Margareth Buzetti, que declarou apoio à pré-candidatura do União Brasil, se posicionando contrária a decisão do PSD, que “bateu o martelo” em apoio à candidatura da Federação Brasil da Esperança, José Lacerda evitou fazer análise de valores, mas enfatizou que cada filiado conhece as responsabilidades estatutárias. “Decisão partidária cumpra-se. Ou tem fidelidade, ou não tem”, observando que qualquer punição é uma decisão do partido.
Para o segundo suplente, “não é ideal” uma senadora da sigla não acatar uma decisão partidária. Em uma análise política, Lacerda cita que erros políticos aparecem e observa que a “política é a arte da confiança.”
“A divergência é natural, na política não tem: eu quero. Na política não existe isso. Agora, às vezes a pessoa deixa de fazer uma análise hoje e esquece que a política tem sequências. Quando se comete um erro político hoje, qual é a grande vantagem da política, ela te cobra imediatamente o erro político: uma hora vai aparecer, por quê? A política é a arte da confiança”, declarou.
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