O deputado Carlos Avallone (PSDB) em entrevista ao nesta sexta-feira (18.06), avaliou como demonstração individual a aproximação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) com o também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Embora não concorde, Avallone afirmou que precisa respeitar o posicionamento por se tratar de um ícone do partido.
Contudo, garantiu que o PSDB terá candidato próprio e não estará no palanque de Lula e nem do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), nas eleições de 2022.
“Talvez pensando num apoio de parte da esquerda ao PSDB num eventual segundo turno. Talvez ele tenha uma visão que Lula não vai para o segundo turno, iria alguém do PSDB ou do Centro contra Bolsonaro e nesse caso ele teria o apoio do PT. Foi um movimento individual, não gostei! O PSDB não gostou e mostrou isso em suas notas, mas é o Fernando Henrique né, um ex-presidente duas vezes, muito respeitado, que aliás está completando 90 anos. Ele tem direito de falar até quando a gente não concorda, mas pode ter certeza o PSDB não estará nem com Lula, nem com Bolsonaro”, garantiu o tucano.
Outra teoria pela aproximação, segundo Avallone, “talvez” seja por FHC pensar num eventual segundo turno entre Bolsonaro e Lula, neste caso, FHC indicou que estará com Lula.
“O que eu não concordo! A maioria do PSDB não concorda com isso, o PSDB jamais apoiou o PT, o partido foi adversário do PT a vida toda, o PSDB venceu o PT nas duas eleições de Fernando Henrique contra o Lula e depois perdemos quatro eleições para o PT. Então, o PSDB terá candidato”, declarou o deputado.
Avallone relatou que o PSDB definiu para a próxima semana as prévias para decidir entre quatro pré-candidatos: João Doria (Governador de São Paulo); Eduardo Leite (Governador do Rio Grande do Sul); Tasso Jereissati (senador cearense) e Arthur Virgílio (prefeito de Manaus).
“Temos prévias no dia 21 de novembro deste ano, primeiro turno, se houver necessidade de segundo turno, será no dia 28, uma semana depois. Eu acho que em um certo momento, o Arthur Virgílio vai retirar a candidatura dele em favor dos demais”, opinou.
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Apesar de gostar do Eduardo Leite, Avallone relatou que vai votar em Tasso Jereissati por se posicionar de forma menos radical e pela atuação no Estado do Ceará, além de ter a possibilidade de abrir mão da reeleição.
“Eu nesse momento não sou simpático à candidatura do Dória, para o PSDB de Mato Grosso se o Dória for o candidato não é bom, acho que nem para o Brasil o Dória tem umas posições que eu não gosto, eu tenho uma admiração muito grande pelo Geraldo Alckmin e as posturas do Dória com ele foram horríveis e não gosto disso. Gosto muito de manter a fidelidade e compromisso com o grupo. Acho que o Dória fala muito o que o povo quer ouvir e mesmo assim erra muito”, criticou o tucano.
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