O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) deixou a prisão nesta quarta-feira (11.05) para prestar depoimento à CPI da Copa do Mundo na Assembleia Legislativa.
O peemedebista deve explicar a escolha do VLT como modal de transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande. O BRT era o modelo de transporte escolhido a princípio para ser implantado, mas Silval decidiu substitui-lo pelo modal.
O ex-governador está preso no Centro de Custódia de Cuiabá desde o dia 17 de setembro de 2015. Ele foi alvo de três prisões preventivas, mas conseguiu revogar duas no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
No entanto, permanece preso por força de prisão preventiva decretada na 3ª fase da Operação Sodoma.
Entre as varias acusações que pesa contra ele está de chefiar uma quadrilha que cobrava propina e pratica extorsão contra empresários que mantinham contratos com o governo de Mato Grosso.
Atualizada ás 15h44 - Silval alega que as declarações das reuniões da CPI aponta que as obras de mobilidade são o maior caos de Mato Grosso, mas para ele foi o maior legado, e que contribuiu muito na maior trafegabilidade de veículos em Cuiabá e Várzea Grande.
Ele admitiu que existem obras a serem corrigidas e complementadas e que o Estado possui condições de fazer isso. “Dentro das condições, fizemos tudo com grandeza”.
E completou: “Peguei um Estado de um planejamento diferente de realizar um compromisso que o ex-prefeitos, ex-presidente da Repúblcia, ex- governador para executar estas obras em Cuiabá. Houve avanços em vários setores. Entregamos o Estado saneado ao atual governador Pedro Taques, parece que entregamos um Estado de terra arrasada e não é isso, eu tenho os números”.
Atualizada ás 16h07 - O deputado Perry Taborelli chama Silval Barbosa de “ladrão” e Silval rebateu. Ambos batem boca e Taborelli saiu da razão. Após a confusão presidente da CPI Oscar Bezerra mandou cortar o microfone do deputado Taborelli.
Taborelli deixou a sala indignado com atitude do colega de parlamento. A oitiva de Silval segue com perguntas de deputados.
Atualizada ás 16h31 - Silval disse que não deu ordens para diminuir o ritmo das obras da Arena Pantanal, conforme declarado pelo ex-secretário Eder Moraes à imprensa. “O Eder, pela vontade dele, fazia acontecer a Copa do Mundo até mesmo antes do tempo. Só que as coisas não acontecem no ritmo que o gestor quer por isso que houve atrasos”, relatou.
O ex-gestor declarou que a obra da Arena Pantanal começou atrasada, pois não existiam projetos de drenagem e fundação, essenciais para o início da obra. Ele apontou que a Arena não foi concluída, e que restaram fazer algumas correções a serem feitas.
Atualizada ás 17h11 - O deputado Wilson Santos (PSDB) disse na oitiva que erro de Silval foi executar um grande volume de obras enquanto a responsabilidade do Estado era executar apenas seis previstas na Matriz de Responsabilidade firmada com a FIFA.
Silval em sua defesa disse que aproveitou as obras da Copa para angariar recursos e executar obras em Cuiabá e Várzea Grande.
O ex-governador revelou que a legislação permitiu que várias empresas consideradas “grandes” que tinha condições técnicas para executar as obras ficassem de fora porque outras apresentavam preços menores, mas não tinham condições de executá-las.
Ele apontou que a falta de repasse da União prejudicou o Estado. O ex-gestor disse que entendia que não era necessária a construção de Centro de Oficial de Treinamentos (COT) no Estado, mas que foi “vendido” a ideia a ele da necessidade da construção desses modelos de “campos” para atender a contento o pedido da FIFA sobre gramados e condições estruturais voltados aos treinamentos das seleções.
Atualizada ás 17h40 - Wilson Santos perguntou sobre indicações de empresas para construir obras da Copa, e pressão política por parte da Ampa ou Aprosoja para contratar empresas que fez projetos voltados a Copa do Mundo. “Não houve pressão política por parte da Ampa ou Aprosoja, de forma alguma. Isso não ocorreu”.
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