por Lucione Nazareth/VG Notícias
O presidente da Câmara de Vereadores, Waldir Bento – popular Dr. Waldir (PMDB), disse que os servidores da Casa de Leis devem ficar sem salário em dezembro, devido ao baixo valor do duodécimo repassado pelo Executivo ao Legislativo Municipal. Atualmente a prefeitura repassa aproximadamente R$ 888 mil por mês.
“Nesse valor do duodécimo nós vamos pagar o 13° salário no fim do ano, e entrar dezembro com débito. Podemos de repente parcelar o salário. Já não tenho orçamento para julho, corremos o risco de não conseguir pagar nenhum funcionário desta Casa”, declarou o vereador.
Segundo ele, o valor do duodécimo é muito aquém do necessário para quitar a folha de pagamento, cobrir gastos com material de expediente, assessorias e consultorias, pagar fornecedores e outros.
“A minha esperança é que a Secretaria de Finanças e Planejamento apresentem uma proposta de aumento do duodécimo no próximo semestre. Está sendo feito um estudo entre essas secretarias e a Câmara de Várzea Grande”, destacou o peemedebista.
O presidente garantiu que está discutindo desde o mês passado com o poder executivo, um orçamento para Casa de Leis - para que se possa fazer o pagamento de julho.
Referente ao pagamento de dezembro, Waldir Bento enfatiza que a única esperança é o aumento do duodécimo. Tudo indica que isso não vá ocorrer - segundo declarou o secretário de Administração, Celso Barreto, à reportagem do VG Notícias. Barreto disse que a prefeitura não tem dinheiro suficiente em caixa para cobrir gastos com outros setores, somente com a prefeitura.
Ao VG Notícias, o diretor administrativo e financeiro da Câmara, Antônio Leite de Barros – popular Lico -, também afirmou que o duodécimo repassado não dá para pagar as contas do legislativo, que segundo ele, atualmente, tem um gasto mensal de aproximadamente R$ 950 mil - entre despesas com material de trabalho e folha salarial dos servidores e vereadores.
Waldir disse que vem sendo feito um trabalho no legislativo para o enxugamento da máquina, realizando cortes em despesas com material e até em salários, mas que apesar disso o corte não seria suficiente para provisionar o 13° salário e nem o 1/3 de férias, tendo assim que sacrificar o salário de dezembro.
Duodécimo - A “bola de neve” sobre o valor do duodécimo começou em 2012, quando os vereadores da época, aprovaram o aumento de parlamentares - que de 13 passou para 21. Além disso, eles aprovaram o aumento salarial – que de R$ 6,1 mil passou para R$ 10 mil nesta legislatura, ainda, eles recebem verba indenizatória de R$ 9 mil ao mês para cobrir despesas de manutenção de gabinete, tais a contratação de até seis assessores. Por mês, os 21 vereadores de Várzea Grande custam R$ 400 mil, ou seja, boa parte do duodécimo repassado é utilizada para cobrir os gastos dos vereadores.
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