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Política Quinta-feira, 26 de Agosto de 2021, 09:55 - A | A

Quinta-feira, 26 de Agosto de 2021, 09h:55 - A | A

NEGÓCIO FRACASSADO

Senador sugere que Bolsonaro e Pazuello devolvam R$ 500 mil por “papagaiada” em compra de vacina

Em voo secreto, Fiocruz gastou R$ 500 mil com fretamento de aeronave para buscar vacinas, mas negocio fracassou

Lucione Nazareth/VGN

Reuters

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 Em voo secreto, Fiocruz gastou R$ 500 mil com fretamento de aeronave para buscar vacinas, mas negocio fracassou  

 

 

 

O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado (CPI da Covid-19), senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), sugeriu na manhã de hoje (26.08) que seja incluído ao relatório final da CPI da Pandemia a devolução de recursos por parte do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no valor de R$ 500 mil por negociação frustrada para compra de vacina.

A negociação foi divulgada pelo jornal Folha de São Paulo. Segundo a publicação, o Itamaraty negociou em sigilo com o Ministério das Relações Exteriores da Índia a entrega de 2 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 em janeiro deste ano.

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Conforme o jornal, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil chegou a pagar 10% do valor que o Ministério da Saúde gastaria com a mesma operação, gerando suposto prejuízo de R$ 500 mil para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Na sessão de hoje da CPI, o presidente da Comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), informou que irá solicitar informações do Ministério da Saúde sobre a negociação frustrada e o prejuízo causado aos cofres públicos.

Já o vice-presidente, Randolfe Rodrigues disse que se confirmado o prejuízo, deve ser requerida a devolução do dinheiro por parte dos responsáveis diretos pela negociação fracassada.

“Confirmado essas informações a essa CPI, é inevitável que o relatório do senador, Renan Calheiros, inclua lá o quesito de ressarcimento aos cofres públicos que foi gasto nessa papagaiada, com todo respeito aos papagaios. Um custo de mais de meio milhão é um custo que não pode deixar de ser ressarcido aos cofres públicos. (...) Em decorrência o ressarcimento por aqueles responsáveis pela ação. Salvo melhor juízo, os responsáveis pela ação diretamente foram o presidente Jair Messias Bolsonaro e o ministro Eduardo Pazuello. Ressarcimento por partes por essa operação atrapalhada, papagaiada, fracassada por parte deles no Rio de Janeiro”, disse o senador.

Negociação da vacina

Segundo o jornal Folha de São Paulo, na época da negociação fracassada, o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, tinha intenção de buscar na Índia 2 milhões de doses de vacinas já negociadas com o país, na tentativa do governo Jair Bolsonaro se antecipar ao governador de São Paulo, João Dória (PSDB), que já começava a planejar o início da vacinação com doses da Coronavac.

Consta da publicação, que Pazuello determinou à Fiocruz que fretou um avião para buscar as vacinas na Índia em 16 de janeiro, e ao mesmo tempo negociou com a companhia aérea Azul um outro voo para buscar as mesmas vacinas.

A matéria ainda cita que Bolsonaro chegou a enviar uma carta ao primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, falando da importância de entregar a vacina dentro do prazo (20 de janeiro), porém, o ministério indiano disse “não poder se comprometer ainda com datas”. Mesmo assim, o Ministério da Saúde determinou que a Fiocruz fretasse um avião para buscar as vacinas, frete que custou R$ 500 mil à companhia para realizar o voo, que acabou não trazendo as vacinas ao Brasil. 

 

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