O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), terá dificuldade para governar o país em 2023, devido ao orçamento da União, feito pela gestão do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), enviado e aprovado pelo Congresso.
Em entrevista ao , direto de Brasília, o senador Carlos Fávaro (PSD/MT), que faz parte da equipe de transição do novo Governo do Presidente Lula, na área de agricultura, afirmou que encontrou um estado de total desmonte.
“Na realidade, o que encontramos é um estado de situação de total desmonte, para você ter noção, mesmo com aumento de custo para tudo, a redução do orçamento para o Ministério da Agricultura desse ano para o ano que vem será de 31% menor, nada maior. Áreas como incentivo a associativismo e cooperativismo, fundamentais para pequenos e médios agricultores, terão redução de 73%, a Embrapa tem redução de 73% de algumas áreas dela, infraestrutura, organização da Embrapa tem 5 milhões para o ano que vem, para manter suas 43 unidades” disse.
No entendimento de Fávaro, o orçamento que o atual presidente mandou para 2023, “é um desmonte, não há possibilidade de fazer mínima gestão na máquina pública com ele. “Imagina a Embrapa, com um baixíssimo e quase nada de investimentos, onde vai guardar nosso de banco de germoplasma, o futuro da agricultura pecuária brasileira que está lá dentro, precisa ter um mínimo de vitalidade, então, isso está fazendo parte do nosso relatório” informou.
Fávaro ainda citou as políticas em incentivo ao biodiesel, que segundo ele, estão sendo desmanteladas no orçamento e Governo de Bolsonaro.
“Uma indústria de energia limpa, renovável que gera emprego está sendo desmontado pelo atual Governo. Reduzimos e já chegamos em 13% do diesel ser biodiesel, que é verde ecologicamente correto, produzido e renovado pela agricultura brasileira e ele esta substituindo isso por diesel S500, sabe qual é a diferença entre S10 e S500? O S10 tem dez partículas por milhão de metais pesados, o S500 são quinhentas partículas por milhão. É podre, é sujo, está exportando diesel S500 e deixando de produzir o biodiesel aqui, que é renovável, gera oportunidades, gera emprego, e, é limpo, é verde”, relatou.
As políticas relacionadas ao etanol também foram citadas pelo senador mato-grossense. “É um desmonte na questão da carga tributária sobre o etanol, está inviabilizando o etanol brasileiro, que é verde, renovável e que é nosso, então, são políticas que estão sendo o foco da nossa atenção de preocupação nos 100 primeiros dias do presidente Lula”, pontuou.
Confira a íntegra da entrevista AQUI
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