O candidato a prefeito de Cuiabá, deputado estadual Lúdio Cabral (PT) externou em entrevista ao “VG no Ar” sobre sua atuação como presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (AL/MT) para responsabilizar os envolvidos na organização criminosa na Saúde de Mato Grosso, no âmbito da Operação Espelho, atualmente sob investigação em âmbito federal.
A investigação apontou fornecimento irregular de médicos e flagrante de conversas de um médico, que confessou ter pegado paciente na rua para ocupar de leitos de UTI durante a pandemia Covid-19. Uma das empresas, alvo da operação, que investigou fraudes e desvios de valores ocorridos no contrato de prestação de serviços, recebeu um total de R$ 44.032.878,54 milhões em contratos.
Cabral afirmou que, na condição de presidente da Comissão, propôs uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia, que não foi aprovada.
“Não foi aprovada, porque infelizmente a maioria dos deputados na Assembleia apoia o governador do Estado e eu não consegui o número mínimo de assinaturas, que eram oito assinaturas para poder instalar a comissão parlamentar de inquérito”, explicou Cabral em entrevista ao jornalista Geraldo Araújo.
Embora não tenha conseguido abrir a investigação na Casa de Leis, Lúdio Cabral destacou que atuou no Parlamento para cobrar ações de combate a pandemia Covid-19. Segundo ele, “na marra” mobilizou o governador Mauro Mendes (União) para ampliar a oferta de leitos de atendimentos para a população.
“Eu como médico sanitarista, fiz projeções sobre o número de casos que teríamos. Encaminhei um ofício para o governador na primeira semana cobrando providências. Governador, o senhor precisa providenciar leitos de UTI nesta quantidade e neste tempo, se o senhor quiser conseguir atender a população da cidade. Essa orientação que fiz, mesmo sendo oposição, procurando ser propositivo, fez com que se mobilizasse para até maio para entregar os leitos no Hospital Metropolitano”, relembrou o candidato.
Proposta para a saúde
Como candidato a prefeito, Lúdio Cabral apontou a saúde como o principal problema da Capital. Ele argumentou que precisa dos votos da população pela oportunidade de ter a “caneta na mão” para mostrar que é possível fazer uma boa gestão na Prefeitura, especialmente na Saúde.
Ele, que é médico sanitarista, afirmou que a população precisa eleger um médico especializado em saúde pública, medicina preventiva e social.
“O problema da saúde é tão grave que 70% da população, quando é questionada, diz que o principal problema de Cuiabá é a saúde. Então, está na hora de Cuiabá ter um médico prefeito. E não é qualquer médico: é um médico que estudou saúde pública, medicina preventiva e social. Eu tenho 28 anos de trabalho na saúde pública”, declarou o parlamentar.
Com seu conhecimento na área, Lúdio afirmou que vai acompanhar todas as despesas da prefeitura relacionadas à saúde para identificar onde está gastando errado.
“Por exemplo, no caso de aquisição de medicamentos, vamos adquirir o medicamento do melhor laboratório ao menor preço, com a melhor qualidade na quantidade certa para esse medicamento chegar até onde as pessoas precisam dele, que é no posto de saúde. Medicamento não pode ficar no almoxarifado central vencendo e depois sendo incinerado. Nosso propósito é organizar a gestão financeira da saúde”, declarou Lúdio.
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