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Especialistas afirmam que refrigerante é considerado “o pior alimento e há muito vem sendo apontado como responsável por graves doenças”
Tramita no Senado Federal projeto que proíbe venda e distribuição gratuita de refrigerantes em escolas da educação básica de todo o país. De autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a proposta visa prevenir obesidade e diabetes entre crianças e adolescentes.
No texto, cita que nos rótulos ou embalagens do refrigerante deverá conter, de forma legível e ostensivamente destacada, texto de advertência ocupando pelo menos 30% de sua área de superfície externa com uma das seguintes frases: “a ingestão desta bebida em excesso causa diabetes, obesidade e osteoporose”; “a ingestão dessa bebida em excesso causa cárie, doenças cardiovasculares, gastrite e envelhecimento precoce”; “Srs. Pais, este produto é prejudicial à saúde de seus filhos”. Conforme o projeto, o descumprimento da proibição ou texto nos rótulos ou embalagens irá configurar infração sanitária podendo ser punido com multa.
Na justificativa apresentada, o senador Randolfe Rodrigues, aponta que o refrigerante se tornou preocupação mundial fazendo com que as autoridades relacionadas à área de saúde de diversos países proponham campanhas de incentivo a mudanças de hábitos alimentares, com enfoque ainda maior nas crianças, que ainda estão com seu corpo em desenvolvimento.
“Cáries, obesidade, baixa imunidade e distúrbios do sistema digestivo são alguns dos efeitos do consumo do refrigerante no dia a dia das pessoas, com maior prejuízo ainda às crianças e adolescentes, daí a importância de se proibir a venda deste tipo de bebida em estabelecimentos escolares de educação básica”, diz trecho extraído da justificativa.
O parlamentar argumenta ainda que especialistas em nutrição afirmam que o refrigerante é considerado “o pior alimento e há muito vem sendo apontado como responsável por graves doenças”.
“Diabetes, hipertensão arterial e obesidade são exemplos das chamadas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) e representam uma grande ameaça à saúde pública na atualidade, sendo o refrigerante um grande propagador dessas enfermidades. A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que ocorram aproximadamente 36 milhões de mortes anuais em razão das DCNTs (...) O Brasil se comprometeu voluntariamente perante a OMS a reduzir a prevalência de obesidade em crianças de 5 a 9 anos e em adolescentes de 10 a 19 anos, assim como a deter o crescimento do excesso de peso e da obesidade em adultos. A inserção da advertência sobre os malefícios que o consumo abusivo de refrigerante pode provocar à saúde, com certeza, diminuirá a ingestão dessa bebida tão nociva, a exemplo do sucesso que medida semelhante trouxe para a redução de fumantes no Brasil”, diz outro trecho da justificativa.
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