A Mesa do Congresso confirmou nesta quinta-feira (10) as datas em que serão realizadas as escolhas dos novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado. No Senado, a eleição do novo presidente está marcada para ocorrer na manhã do dia 1º de fevereiro, que é uma sexta-feira. Já na segunda-feira, 4 de fevereiro, é a vez da Câmara escolher o presidente.
Ainda na tarde do dia 4 de fevereiro, ocorre a sessão conjunta do Congresso que marca a abertura do ano legislativo. Somente após a sessão de abertura é que o novo presidente do Senado, que responde pela presidência do Congresso Nacional, poderá convocar e marcar a data da sessão conjunta das duas Casas que irá votar o Orçamento da União de 2013.
A votação da proposta orçamentária, que deveria ter ocorrido até o final de dezembro de 2012, foi adiada após um impasse sobre a votação do veto à Lei dos Royalties. O Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que o veto não poderia ser votado antes da análise de mais de 3 mil vetos com prazo vencido que ainda não foram apreciados pelo Congresso. Sem acordo, os parlamentares deixaram a votação do orçamento para ser realizada assim que começassem os trabalhos de 2013.
PMDB
Tanto no Senado quanto na Câmara, o partido mais cotado para assumir a presidência é o PMDB. Se hoje detém o comando do Senado, com José Sarney (AP), o partido confia no cumprimento de um acordo com o PT para presidir também a Câmara nos dois últimos anos do mandato da presidente Dilma Rousseff .
No Senado, o nome mais cotado para a presidência é o do atual líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), que renunciou ao cargo em novembro de 2007, por conta de denúncias de que teria a pensão de uma filha paga por uma grande construtora. Nas negociações para voltar ao comando da Casa, Calheiros tenta obter apoio das bancadas aliadas do governo, que costuram há meses acordos em troca dos votos. Na oposição, surgem como possíveis nomes na disupta os senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
Na Câmara, o PMDB espera contar com apoio integral do PT, por ter abdicado, em favor do aliado, da disputa pela presidência no início de 2011. O nome apresentado pela direção do partido é o do líder Henrique Eduardo Alves (RN), veterano na Casa, com dez mandatos consecutivos no currículo.
A atual vice-presidente da Casa, Rose de Freitas (PMDB-ES), lançou a candidatura em novembro, mesmo sem o aval da cúpula peemedebista. Quem também já anunciou que participará da disputa é o deputado Júlio Delgado (PSB-MG).
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