Sem ser convocado oficialmente, o prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB) compareceu na manhã desta quarta-feira (03.12), a sede do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) para tentar ver o andamento das investigações da operação Camaleão, deflagrada no mês passado para apurar supostas fraudes em contratos e licitações da Prefeitura de Várzea Grande.
O peemedebista chegou à sede do Gaeco por volta das 08 horas, para acompanhar a abertura de malotes com documentos apreendidos no seu gabinete durante a operação e deixou o órgão por volta das 10 horas acompanhado de seu advogado, José Patrocínio.
Apesar da presença de Walace, a assessoria do Ministério Público Estadual (MPE) negou que a ida do prefeito esteja relacionada a qualquer convocação “oficial” por parte do Gaeco relacionada às investigações no qual o peemedebista é um dos “alvos”.
Importante destacar que o prefeito já esteve na sede do órgão, um dia após a deflagração da operação – em 19 de novembro-, para fazer o acompanhamento da abertura de malotes com documentos apreendidos na Prefeitura de Várzea Grande.
Entenda - O Gaeco investiga fraudes no processo licitatório e na execução do contrato entre a Prefeitura e a Construtora Carneiro & Carvalho, no valor de mais de R$ 10 milhões para reforma e manutenção dos prédios públicos do município.
Conforme denunciado com exclusividade pelo VG Notícias, seis meses antes de vencer o certame a empresa fez uma alteração contratual, deixou de vender sapatos para virar construtora.
Do valor total do contrato (R$ 10 milhões), R$ 4 milhões já haviam sido repassado a Carneiro & Carvalho -, o restante do pagamento foi suspenso após o Tribunal de Contas do Estado aprovar uma medida cautelar suspendendo os pagamentos e contratos da empresa com o município.
Conforme o Gaeco, as fraudes eram realizadas desde a habilitação da licitação, onde atestados eram falsificados para que empresas participassem do certame e depois “consagrasse” vencedora. Outro tipo de fraude acontecia na execução dos contratos quando as empresas recebiam sem executar todo o serviço a qual era contratada para realizar.
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