O Pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) adiou nesta quinta-feira (25.10), o julgamento da denúncia proposta pelo Ministério Público Estadual (MPE) para tornar réu o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) por envolvimento no esquema de desvio de dinheiro na Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
A denúncia está ligada a Operação Rêmora que apura fraudes e pagamentos de propina por parte de empresários responsáveis por obras de construção e reforma de escolas estaduais em Mato Grosso. O suposto esquema teria provocado prejuízo de R$ 56 milhões.
O Ministério Público denunciou Maluf por integrar a suposta organização criminosa que desviou o dinheiro da Seduc, sendo beneficiário direto de parcela da propina arrecadada, além de se valer das influências políticas proporcionadas pelo cargo eletivo para promover as articulações necessárias para o desenvolvimento dos esquemas criminosos voltados para solicitação e recebimento de propinas.
O MP aponta que o deputado, o ex-secretário de Educação, Permínio Pinto Filho, e o empresário Alan Maluf se mantinham “nas sombras”, comandando o esquema.
Ainda consta na denúncia, que após a deflagração da primeira fase da Operação Rêmora, a fim de garantir que o empresário Giovani Belatto Guizardi não revelasse sua atuação aos investigadores, Guilherme Maluf buscou intimidá-lo, utilizando-se para tanto, o seu motorista, Milton Flávio de Brito Arruda, que é agente penitenciário do Serviço de Operações Especiais e que, a época do fato, estava cedido à Assembleia Legislativa.
Na sessão de hoje, a falta de quórum e ausência do relator da denúncia, o desembargador Rondon Bassil, provocaram o adiamento da análise da denúncia contra o tucano.
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