A juíza aposentada Selma Arruda (Podemos) utilizou suas redes sociais nesta sexta-feira (17.04) para lamentar a respeito do empossamento de Carlos Fávaro (PSD), que assumiu sua cadeira no Senado Federal, após ter sido cassada por caixa dois e abuso de poder econômico.
Sendo o terceiro colocado nas eleições de 2018, Fávaro foi empossado na manhã de hoje, em sessão virtual. No entanto, segundo Selma, o pessedista utilizou de manobras para assumir seu lugar na Casa.
"Ele utilizou de muitos subterfúgios ilícitos para chegar até onde chegou, especialmente contando com o apoio de poderosos desse Estado como é o caso do Erai Maggi”, disse.
Selma criticou ainda a cerimônia de posse de Fávaro que, segundo ela, foi “absolutamente desnecessária” e só ocorreu com tamanha rapidez para que não desse tempo para ela recorrer da decisão da Mesa Diretora do Senado. A ex-parlamentar disse ainda que atualmente seu processo se encontra “trancado”, já que, conforme ela mesmo afirmou: “a Justiça parou de ter aquela pressa toda que teve quando era para me condenar”.
“Agora o meu processo está trancado, eu não consigo, infelizmente, movê-lo, mas o Carlos Fávaro conseguiu, com certeza, uma liminar do ministro [Dias] Toffoli lá do Supremo Tribunal Federal para tomar posse no meu lugar. Conseguiu fazer com que o Senado, Davi Alcolumbre, aquele povo lá, fizesse uma sessão secreta anteontem, quando me desligaram do Senado e conseguiu também tomar posse hoje. Uma posse virtual, absolutamente desnecessária, mas tudo era muito rápido. Tinha que ser muito rápido porque se eu recorresse, provavelmente, ele não conseguiria pegar essa boquinha”.
Em vídeo publicado em suas redes sociais, a senadora cassada aproveitou para se defender dos crimes pelo qual foi condenada, agradecer os votos que a fizeram ser eleita em 2018 e argumentar, novamente, ter sido vítima de injustiça. “Eu quero então aqui agradecer esses votos e dizer a vocês que fiquem tranquilos, eu não cometi crime de caixa 2, eu não abusei de poder econômico, até porque não tenho nenhum, mas fui vítima de uma grande injustiça”.
Selma disse que irá permanecer em Cuiabá, pelo menos até as eleições municipais, previstas para ocorrerem em outubro deste ano. Ainda, como já havia dito anteriormente, ela irá voltar a advogar. “Eu quero ajudar pessoas que sofreram ou que estão na iminência de sofrer injustiça, como eu fui injustiçada. Eu quero ajudar essas pessoas, eu preciso fazer alguma coisa até para me sentir útil às pessoas. Então fico aqui à disposição de quem precisar”, disse.
Veja vídeo
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