O secretário de Saúde de Cuiabá, Guilherme Salomão, afirmou em entrevista à imprensa nesta segunda-feira (13.02), que a Secretaria Municipal de Saúde tem ainda 90 dias para apresentar os números de cirurgias eletivas na fila para atendimento. Ele se reuniu com o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, para viabilizarem o programa Mais MT Cirurgias.
“A dificuldade que temos que pensar é que a fila vem desde 2015. Então, as pessoas trocam de telefone, algumas foram a óbito, inclusive a gente já fez um levantamento dessa fila atual do Estado. Cerca de 12 mil pessoas, a gente já conseguiu verificar que essas pessoas já foram a óbito, ou já operaram ou às vezes nem querem operar”, detalhou.
Não estamos aqui para fazer política, estamos aqui para resolver o problema dessa fila de cirurgias eletivas no Estado
Segundo o secretário, um Comitê foi criado para ligar ou visitar estes pacientes in loco. Neste caso, afirma que uma parceria com o Estado e Ministério Público será fundamental para um respaldo jurídico, que permita retirar ou colocar no final um paciente da lista.
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Questionado se teve dificuldades de relacionamento com o secretário Gilberto durante reunião em razão da intervenção da Saúde de Cuiabá ter ocorrido no dia de sua nomeação, Guilherme Salomão, que é médico, afirmou que não.
“De jeito nenhum! O que o secretário de Estado falou, nós não estamos aqui para fazer política, estamos aqui para resolver o problema dessa fila de cirurgias eletivas no Estado. Em momento nenhum estamos preocupados com o que aconteceu na intervenção, estamos preocupados com o que faremos daqui para frente, para diminuirmos e até acabar com essa fila de cirurgia”, declarou.
Lembrando que a intervenção foi determinada pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ/MT), Orlando Perri, porém, durou 10 dias. A intervenção foi suspensa pela presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura, em 6 de janeiro.
Operação Hypnos - À imprensa, Guilherme Salomão também relatou que está mudando toda a estrutura organizacional da Secretaria de Saúde para burocratizar as compras de medicamentos. A declaração foi ao ser questionado sobre o depoimento do ex-secretário Célio Rodrigues da Silva, preso na quinta (9) durante Operação Hypnos. Em seu depoimento, Célio afirma que não tinha controle sobre toda a etapa de compra e de entrega de medicamentos.
“Tem 30 dias que assumi, estamos mudando toda a estrutura organizacional da Secretaria de Saúde, na verdade, vai sair até com um projeto de lei. Nos próximos dias já estamos com uma Comissão formada para isso, para realmente burocratizar o processo. Não sei como vai acontecer, mas daqui para frente vai ter toda essa burocracia”, disse o secretário.
Segundo o secretário, todas as compras estão sendo via Consórcio, via pregões eletrônicos e também explicou que a decisão pela compra via Consórcio era da gestora anterior. “Nada mais, estamos evitando ao máximo fazer tudo na indenizatória. Inclusive estamos conversando com os vereadores, para eles acompanharem as nossas compras. (..) Ela (Suelen Alliend) já tinha optado por fazer tudo através do Consórcio, a gente sabe das dificuldades, às vezes não pode deixar faltar na ponta, precisa ser feita via indenizatória, mas hoje, graças a Deus vamos conseguir modificar e burocratizar”, declarou.
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