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Política Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2014, 08:00 - A | A

Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2014, 08h:00 - A | A

Queda de Braço entre Poderes

Riva cumpriu decisão judicial que suspendeu sabatina de Janete, mas criticou intervenção de "outro Poder" no Legislativo

Riva disse ainda que quatro das sete vagas de conselheiro do Tribunal de Contas são de indicação da Assembleia Legislativa, pois o Corte de Contas é justamente um órgão auxiliar da Casa de Leis.

Redção VG Notícias com Assessoria

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PSD), criticou a decisão judicial que suspendeu todos os procedimentos para escolha de sua esposa, a ex-secretária de Estado de Cultura, Janete Riva, para ser a “nova” conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE). As críticas foram feitas na sessão dessa terça-feira (16.12), que estava prevista a sabatina de Janete.

“A decisão judicial você questiona juridicamente, mas cumpre. Em que pese eu considere a decisão teratológica, que o poder não pode sofrer intervenção de outro poder, existindo até decisão neste sentido no Supremo Tribunal Federal (STF), temos que questionar no campo jurídico, de forma adequada”, disse o parlamentar na tribuna da Casa de Leis.

O parlamentar declarou que existe interesse por trás da “manobra” judicial que “suspendeu” a possível indicação de Janete ao TCE, afirmando que todo o procedimento para a indicação de sua esposa foi seguido pela Assembleia Legislativa, e que apesar da indicação do nome seja “prerrogativa” do legislativo, os parlamentares analisaram outros nomes indicados para a vaga de Humberto Bosaipo que renunciou ao posto de conselheiro do Tribunal de Contas.

“É claro que essa interferência é pano de fundo, existem interesses por trás disso, mas temos que cumprir e questionar no campo jurídico. Enquanto não houver decisão que reverta ou confirme, nós não teremos nenhum desdobramento, mesmo este sendo o processo para a indicação de um conselheiro que respeitou todos os prazos, seguiu todos os ritos, tudo passou pela avaliação do colegiado, inclusive recebemos a pretensão de outros candidatos, em que pese à decisão do desembargador Luiz Carlos da Costa deixar claro que a vaga é da Assembleia Legislativa, e quem deve indicar é o Poder Legislativo, não nos omitimos em apreciar o nome do auditor, do advogado, que foram colocados”, declarou o social-democrata.

Além disso, Riva ainda disse que quatro das sete vagas de conselheiro do Tribunal de Contas são de indicação da Assembleia Legislativa, pois o Corte de Contas é justamente um órgão auxiliar da Casa de Leis.

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