O senador Agripino Maia (DEM) em entrevista ao programa “Mariana Godoy Entrevista" dessa sexta-feira (13.05), disse que "não é fácil" que a presidente Dilma volte para o cargo após a votação no Senado: "Hoje, os movimentos da sociedade que tem que ser olhados são os movimentos de rua". "São manifestações cívicas, republicanas e muito fortes que têm que ser entendidas", analisou.
Segundo ele, “foram 13 anos de PT com coisas certas e muitas coisas erradas que fizeram naufragar", ponderou o senador. "Ao longo do tempo, vi as relações do PT com seus parceiros deteriorar (…) Não houve um esforço por parte do poder dominante de ajuste, de convivência (…) A presidente Dilma chegou a este ponto pois perdeu suporte do Congresso", avaliou Agripino. O senador considera "um perigo" fazer um "regime parlamentarista com 30 partidos": "Você tem que primeiro fazer a reforma política".
"Se houve uma coisa que foi letal na sociedade com o governo Dilma foi o processo de enganação nesses últimos dois anos", pesou o senador. Segundo Agripino, Dilma errou ao aumentar a conta de luz e o preço da gasolina: "As pessoas deixaram de acreditar na palavra do governo, da presidente". Segundo Agripino, Michel Temer "sabe que está na missão da vida dele": "Os movimentos de rua que vigiaram o governo Dilma vão vigiar o governo dele".
O senador avisou que o DEM "pode ter" um candidato presidencial nas próximas eleições: "No momento é importante dar apoio ao Temer". "Democratas seguiu uma linha de conduta e merece ter um candidato para a presidência da República (…) Nós temos vários nomes de muita qualidade".
Agripino justificou que Temer teve pouco tempo para incluir mulheres e negros nas cabeças dos Ministérios, e afirmou que o governo dele tem difíceis desafios.
O senador acredita que o governo Michel Temer tem condições de manter a Lava Jato e combater a corrupção: "Ele quer sim e está debaixo de uma imposição da sociedade. É preciso entender que ou sintoniza com a vontade do povo ou não sobrevive politicamente".
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