Os deputados estaduais aprovaram, em primeira votação, nesta quinta-feira (31.03), projetos do governador Mauro Mendes (União Brasil), que reajustam os salários de algumas categorias da polícia penal, socioeducativo e Detran.
Durante a sessão, foram apresentados e rejeitados em Plenário um substitutivo e cinco emendas. Em razão da exigência do governador, pela aprovação do texto base, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União Brasil) e a deputada Janaina Riva (MDB) pediram que as emendas fossem assinadas pelos sindicalistas. Segundo Botelho, a ação conjunta visa também responsabilizar os representantes de sindicatos, caso a proposta alterada fosse vetada.
“Só assinaremos emendas assinadas com sindicalistas para dividir com os sindicatos o risco de veto, porque nós temos no Detran quase 25% de aumento, a média do aumento dos policiais penais chega quase 15%, a do socioeducativo nessa faixa, quer dizer eles vão perder isso”, declarou Botelho.
Ainda, durante o debate, o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) chegou a pedir destaque às emendas supressivas apresentadas por ele. Ela avalia que por se tratar de uma emenda supressiva, Mauro não terá possibilidade de vetar.
O projeto n.º PL 335 foi aprovado com três emendas de Ludio, que mantém os cargos da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) e mantém a jornada de plantão de 24 por 72h. O projeto vai à segunda votação.
Mauro Mendes, em entrevista à imprensa, relatou que “todo mundo reclama do salário”, mas o Governo procurou ser justo e equilibrado. “Um policial penal promove um importante trabalho no Estado de Mato Grosso, mas a Polícia Militar também desenvolve, o Governo fez um trabalho muito técnico, comparando a mesma atividade, os mesmos servidores e olhando para o equilíbrio fiscal para o Estado de Mato Grosso, o que era possível fazer nós fizemos”, declarou Mendes.
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Mauro chamou atenção para as contas do Governo — e também argumentou que sua administração paga o segundo maior salário de todo país. “Só perdemos para Brasília”
“Agora não posso pegar ali e disparar uma reação em cadeia no Estado. Daqui a pouco vamos trabalhar todo mundo só para pagar salário. É isso que você cidadão quer? É isso que a sociedade quer? É isso que a imprensa quer? Não tenho dinheiro nem para pagar salário como aconteceu no final de 2018 e começo de 2019. O Governo tem muita responsabilidade, fazendo aquilo que é justo e correto”, declarou.
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