O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB) avaliou como possível a ideia articulada pelo PSDB/Cidadania, que dialogam a possibilidade de formar uma nova federação com MDB e Podemos. Caso a negociação avance, Avallone observa que a federação passará a ter a maior bancada do Senado [21 senadores], permitido inclusive projetar à Presidência do Senado.
“Eu acho que é um caminho sim, ficaríamos com a maior bancada do Senado da República e poderíamos estar reivindicando inclusive, a Presidência do Senado, o que daria Presidência do Congresso Nacional [72 deputados na Câmara]. Então, eu acho que seja uma movimentação bastante interessante”, avaliou o tucano.
Segundo Avallone, que inicialmente foi contra, a federação é um caminho, especialmente por questão de sobrevivência. Para Avallone, o PSDB errou muito e perdeu rumo. Em seu entendimento, se não fosse as três vitórias tucanas, que garantiram Eduardo Leite no Governo do Rio Grande do Sul, Raquel Lyra no comando de Pernambuco e Eduardo Riedel em Mato Grosso do Sul, a situação do PSDB seria muito ruim.
“Eu sempre fui contra com qualquer mudança de nome do PSDB, qualquer mudança com agregação para um partido novo, mas hoje, temos que ser um pouco mais realista: diminuímos muito”, disse Avallone.
O deputado afirmou que as conversas estão bem adiantadas no ninho tucano. Segundo ele, Bruno Araújo informou que mesmo com as mudanças, o projeto é manter os partidos estadualizados. “Não mexeria nas nossas estruturas aqui, mas, sabemos que teremos que lutar por causa da diminuição do tamanho do PSDB. Teremos problemas financeiros: com fundo partidário e para tocar o partido, quer dize, isto tudo é um desdobramento, que temos que reestruturar”, declarou.
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Avallone destacou que outros partidos, assim como o PSDB já estão conversando sobre fusão ou federação. Isso porque, com as cláusulas de barreiras, esses partidos enfrentarão restrições, ou seja, não terão mais participação na propaganda na televisão e rádio, e ainda perde o direito a fatia do Fundo Partidário.
“Só dez partidos ou federações conseguiram a cláusula de barreira. Então, vamos começar a diminuir o número de partidos, que é muito bom para a Democracia. Isso vai fazer com o que essas federações se multipliquem, já estão se falando em União Brasil com PP, outros partidos menores como o Patriota e PTB já anunciaram. Eu acho que no final das contas, iremos conseguir chegar a uma quantidade de partido que permita uma governabilidade melhor, para quem assumir a presidência da República e que possa ter uma parte política mais aceitável no país.”
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