O projeto de lei de autoria do presidente da Mesa Diretora, vereador Fábio Tardin (DEM), que propõe redução do número de parlamentares de 21 para 17, foi reprovado com 12 votos contrários e 9 favoráveis. A votação aconteceu na noite desta quarta-feira (14.08), durante sessão ordinária, na Câmara de Várzea Grande.
Após derrota, o presidente frisou como a sociedade perde com a reprovação do projeto. Ele lembrou que além de poder destinar o valor economizado com a redução dos parlamentares na saúde pública e na educação, poderia também valorizar o servidor do legislativo. “Nós queríamos construir uma Câmara nova, retornar o duodécimo para o executivo, para investir na saúde, na educação, em especial em uma Upa (Unidade de Pronto Atendimento) no São Matheus. Este era um dos objetivos, e darmos condições aos nossos assessores, para que possamos assim, termos assessores dignos de estar trabalhando em prol da população de Várzea Grande. Hoje um assessor da Câmara ganha um salário mínimo, isso é uma vergonha, não dá mais”, ponderou.
Outro vereador que pontuou a favor do projeto foi Pedro Paulo Tolares (DEM), líder da prefeita Lucimar Campos (DEM). O democrata lembrou o transtorno causado pelo aumento de vereadores na gestão legislativa passada.
“Vou manter a mesma postura quando dei minha palavra que iria votar favorável ao projeto, tendo em vista, porque vejo que é um projeto de grande relevância. Não podemos aqui equiparar de que forma vai ser destinado o recurso, que hora será economizado com este manejo. Recentemente nós que somos de outros mandatos, viviamos em um prédio velho da Câmara e tinham sete vereadores jogados no corredor, porque não tinha gabinete, por falta de planejamento, quando aumentaram o números de vereadores”, destacou.
A vereadora Gisa Barros (PSD), também defensora do projeto de lei, relatou que seu voto foi pensando na melhoria salarial dos servidores dos gabinetes.“Fiz a sugestão que toda economia feita dentro desta Casa de Leis fosse para reestruturação e o aumento salarial dos servidores do gabinete. Havia emitido um ofício para o presidente, para que fizesse este estudo para o aumento salarial. Estou com outro projeto para que haja sim o aumento salarial dos nossos servidores”.
Contra o projeto, o vereador Icaro Reveles (PSB) recordou o aumento dos vereadores em 2013. Também disse que as contas do legislativo estão “sadias”, sem a necessidade de reduzir os parlamentares.
“Em 2013 quando se aumentou de 13 para 21 vereadores disseram que naquela época tinha orçamento para isso, e que hoje a Câmara não está suportando essas despesas. Horas, já se passaram seis anos com este número de vereadores e nós sabemos como propalado pela nossa Mesa Diretora, que nossas contas estão sadias. Então a gente não consegue vislumbrar essa dificuldade, que inclusive no próprio projeto não foi apresentada nenhuma planilha demonstrando as dificuldades e esses gastos”, disparou.
Votaram a favor da proposta os vereadores; Fábio Tardin do DEM; Chico Curvo do PSD; Rogério França- popular Rogerinho da Dakar do PV; Gisa Barros do PSB; Neni Chimarrao do PTC; Gidenor Anselmo - popular Gordo do Goiano do PTC; Pedro Paulo Tolares do DEM;Cleyton Nassarden - popular Sardinha do PTB e Valdemir Bernardino - popular Nana do DEM.
Contra a proposta de redução do número de vereadores votaram; Ícaro Reveles do PSB; Carlos Garcia do PSB; Rodrigo Coelho do PTB; Miguel Baracat do PSC; Miguel Angel do PSDB; Ivan dos Santos do PRB; João Tertuliano - popular Joaozito do DEM; Joaquim Antunes do PSDB; Nilo Campos do DEM; Jânio Calistro do PSD; Carlindo Neto do PV; e Claido Celestino - popular Ferrinho do Avante.
Vale ressaltar, que o projeto foi reprovado em primeira votação , e deve voltar ao plenário da Câmara para apreciação novamente dos vereadores daqui 10 dias.
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