O presidente do Tribunal Regional de Mato Grosso, desembargador Rui Ramos, descartou a possibilidade de realizar uma nova eleição em Várzea Grande por conta dos títulos e carteiras de identidades falsificadas encontradas na região do Capela do Piçarrão.
O desembargador, afirma ainda, que não houve fraude nas eleições de Várzea Grande, e explica que o que houve foi fraudes em documentos que não foram utilizados para a votação.
“A eleição não foi fraudada, os documentos encontrados descartados é que foram fraudados. Entre a falsificação de documentos e fraude nas eleições existe uma distância abissal”.
Conforme o presidente do TRE, as investigações preliminares da Polícia Federal não apontam a participação de servidores da Justiça Eleitoral. “A Justiça Eleitoral tem fornecido todos os dados necessários para o cruzamento das informações já apuradas pela Polícia Federal” completa.
Rui Ramos destaca também que já foi possível identificar que não se tratam de documentos oficiais produzidos pela Justiça Eleitoral, já que os comprovantes de votação dispostos em formulários contínuos encontrados não correspondem a nenhum caderno de votação original produzido pelo Tribunal Superior Eleitoral e encaminhados ao TRE/MT.
Além dos títulos eleitorais e comprovantes de votação falsos as informações preliminares da investigação dão conta que os RGs encontrados não continham fotos ou assinaturas. O presidente lembrou que muitos dos documentos que foram encontrados não são retidos pela Justiça Eleitoral, como as carteiras de identidade e de habilitação usados para a identificação do eleitor na hora da votação.
Ante o fato ocorrido no município, o presidente reforçou a importância da utilização da biometria no processo eleitoral para aumentar ainda mais a segurança na identificação do eleitor.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).