O presidente do Senado, Renan Calheiros(PMDB-AL), será investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o ministro Teori Zavascki, do STF, autorizou nessa sexta-feira (06.03), a abertura de três inquéritos contra o peemedebista.
A partir das petições 5254 e 5274, Calheiros será investigado, juntamente com o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em dois inquéritos separados. O primeiro é baseado na delação premiada do ex-diretor da Área de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que chegou a afirmar que um "percentual" dos valores dos contratos da Transpetro "são canalizados" para Renan, com quem o ex-presidente da subsidiária da estatal Sérgio Machado se reunia periodicamente em Brasília.
No segundo inquérito, que também cita o depoimento de Costa, o doleiro Alberto Youssef, também em delação premiada, conta ter sabido de uma negociação com uma construtora envolvida na Operação Lava Jato em que Aníbal Gomes, espécie de despachante de Renan, iria receber "pagamento da comissão".
O terceiro inquérito contra o presidente do Senado, a partir da Petição 5260, relaciona Renan ao cometimento dos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Entre todos os inquéritos abertos pelo Supremo, este terá o maior número de autoridades envolvidas, cerca de 35.
Renan diz que responderá "à luz do dia"
Renan Calheiros publicou uma declaração em sua conta no Twitter na noite desta sexta-feira, sobre o pedido de acesso aos processos da operação Lava Jato no STF. Na rede social, o senador disse: “Nas democracias todos – especialmente os homens públicos – estão sujeitos a questionamentos, justos ou injustos. A diferença está nas respostas. Existem os que têm o que dizer e aqueles que não”.
Calheiros garantiu ainda que suas relações junto ao poder público “nunca ultrapassaram os limites institucionais” e que prestará as “informações que a Jusiça desejar”. O presidente do Senado finalizou lamentando um “atropelamento do Ministério Público que poderia ter evitado equívocos me ouvindo preliminarmente”.
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