O presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, está a caminho de Brasília e vai direto para a Procuradoria-Geral da União para assinar acordo de delação premiada no processo da operação Lava Jato. Ele é apontado pelo Ministério Público como líder do cartel de empreiteiras que pagava propina para fraudar licitações e obter contratos superfaturados na Petrobras.
A advogada dele, Carla Domenico, já está na capital federal. O acordo de delação premiada vai ser assinado em Brasília porque Pessoa vai citar nome de políticos com foro privilegiado. Depois, o acordo de delação vai ser submetido ao ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, relator do processo no tribunal. Se Pessoa não fosse citar políticos com foro privilegiado na esfera federal, o acordo poderia ser homologado na Justiça Federal do Paraná, que conduz a Lava Jato na primeira instância.
O presidente da UTC foi preso e novembro e, em abril, passou para o regime domiciliar. Ele começou a contar o que sabe no período de prisão.
A delação premiada de Pessoa preocupa os políticos porque é o primeiro dono de empresa a fazer o acordo com o Ministério Público. Além disso, fará revelações sobre acertos que ele mesmo fez, ao contrário do doleiro Alberto Youssef, que conta sobre entregas que fez a terceiros.
Recentemente, Pessoa tem dito que deu R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma Rousseff por medo de represálias.
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