O presidente da Assembleia Legislativa (AL/MT), deputado Eduardo Botelho (União), expressou sua opinião favorável à manutenção da prisão do deputado federal Chiquinho Brazão, acusado de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de seu motorista, Anderson Gomes, ocorrido em 14 de março de 2018. Segundo Botelho, “não tem sentido” soltar um acusado, que tem relação com crime, com milícia, somente por ser deputado.
“É um crime hediondo, um crime contra uma mulher, um crime sem sentido nenhum. Tem que ser punido, tem que ser criminalizado, tem que ficar preso! Então, eu defendo que a Câmara fez certo em manter a prisão do deputado”, declarou Botelho sobre a decisão da Câmara Federal aprovar a manutenção da prisão de Chiquinho, concordando com a tese do Supremo Tribunal Federal (STF).
Botelho também evitou comentar os votos dos deputados mato-grossenses Abílio Brunini, Amália Barros, Coronel Fernanda, José Medeiros (todos do PL), e Coronel Assis (União), que votaram pela liberdade do acusado. “Então, eu defendo que manter a prisão, eu acho que é essa a minha posição. Não vou fazer comentário sobre o voto de nenhum deputado”, declarou Botelho.
Botelho, que é pré-candidato à Prefeitura de Cuiabá, não manifestou opinião sobre o voto influenciar no período eleitoral, mas externou que lidera uma campanha em defesa de leis mais rígidas, inclusive, com a possibilidade de estadualizar a legislação criminal para dar autonomia aos Estados para decidir sobre as punições.
“Estamos brigando para aumentar as penas, para acabar com este solta-prende. A polícia está fazendo papel de enxugar gelo, a gente tem brigado por isso. Então defendo por manter a prisão. Essa é minha posição, não comentarei voto de nenhum deputado, minha posição é que a Câmara fez certo em manter a prisão. Não tem sentido soltar uma pessoa dessa só porque é deputado”, declarou Botelho.
Leia mais: Câmara mantém prisão de Brazão; Veja como votaram os deputados de MT
CASO MARIELLE
Chiquinho foi preso no dia 24 de março com o irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, e do delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe de polícia no RJ, na época da morte da vereadora, em março de 2018. Todos são acusados de participação na morte da parlamentar, com base na delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, apontado como executor do crime.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).